Política

O despacho nº 34-2023, da Chefia do Governo, publicado no Boletim Oficial (II Série) desta sexta-feira, 1 de Setembro, comunica a saída de Imadoeno Tavares do cargo de PCA do Hospital Agostinho Neto, referindo apenas ao fim da sua comissão de serviço. Mas vale lembrar que a permanência de Imadoeno Tavares vinha sendo criticada de forma feroz pela imprensa e nas redes sociais por ter sido condenado por Violência Baseada no Género, quando ainda estava a dirigir o Hospital Santa Rita Vieira, em Santa Catarina.

O semanário A Nação fez, aliás, manchete desse seu caso, na edição de 17 de Agosto passado, afirmando que “condenado por um crime de VBG, Imadoeno continua, de pedra e cal, à frente do Hospital Agostinho Neto. O visado confirma a condenação e diz que não recorreu da sentença para evitar mais uma exposição pública com outro julgamento. Contudo, com este caso, está-se perante uma situação de dois pesos e duas medidas, se for levado em conta a forma como Policarpo de Carvalho foi pressionado a se demitir da presidência da RTC, por alegada prática do mesmo tipo de crime”.

Imadoeno não pediu a sua demissão, pelo que teve que ser o Governo a descartar esse quadro, fazendo também cair Helena Maria Borges da Silva Mendonça, entretanto a seu pedido, do cargo de terceiro vogal executivo do HAN.

Para os seus lugares, o Governo nomeou o economista e ex-diretor de gabinete do Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, Gabriel da Silva Gonçalves, como novo PCA do HAN e Melissa Carvalho Santos, na qualidade de terceiro vogal Executivo do Conselho de Administração do hospital central da Praia.

A urgência dessas mudanças é tal que a ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, dará posse ao novo PCA do HAN e sua administradora já este domingo, 3, segundo nota endereçada ao pessoal ao final da tarde desta sexta-feira, 1 de Setembro.