A bancada municipal do MpD considerou hoje que o estado do município da Praia “é medíocre”, com vários projectos por executar, enquanto que o PAICV fez balanço positivo do primeiro mandato de Francisco Carvalho.
As posições das bancadas do MpD e PAICV foram feitas pelos líderes, Manuel Alves e Aquiles Barbosa, respetivamente, à margem da primeira sessão extraordinária especial da Assembleia Municipal, para discutir o estado do município da Praia.
Na ocasião, o líder da bancada municipal do Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV), Aquiles Barbosa, defendeu que o desempenho da autarquia é “bom”, tendo terminado um ano de mandato com várias inaugurações, lançamentos de primeiras pedras, programas e projectos que vão ao encontro da melhoria das condições de vida dos munícipes.
“Estamos em condições de nos colocar perante os munícipes e sermos avaliados e também prestar contas”, assinalou.
Segundo o deputado, normalmente quando se inicia um mandato autárquico, “os cofres estão vazios”, mesmo assim, atestou, a edilidade “conseguiu tomar medidas atempadas” que permitiram arrecadar mais recursos e pôr em prática tudo aquilo que era necessário.
Instado sobre a problemática envolvendo vereadores e o presidente da Câmara Municipal da Praia (CMP), Francisco Carvalho, explicou que “o conflito não prejudicou” o normal funcionamento em termos de execução orçamental, mas, acrescentou, uma “união seria muito importante” para aprovar determinados projectos que o município precisa para os próximos anos.
Já o líder da bancada municipal do Movimento para a Democracia (MpD), Manuel Alves, avançou que esta sessão “acontece somente para animar” os munícipes, tendo em conta que o estado do “município está numa situação medíocre”.
“Até 30 de Setembro, o município realizou 7,9 por cento (%) de trabalhos que tinham sido planificados durante o período de 2021, dentro do orçamento de investimento”, informou, salientado que a cidade está numa situação difícil e que desde o mês de Julho a autarquia não funciona.
Por outro lado, continuou, “a Câmara da Praia está paralisada” porque tem “um presidente que não escuta” opiniões contrárias, não negocia e com poder absoluto, para quem é uma “grande ameaça à democracia” cabo-verdiana.
Contudo, disse que a bancada do MpD está a pedir uma inspeção a nível autárquico, do Ministério das Finanças, do Tribunal de Contas, uma ação “para pedir a perda de mandato” de Francisco Carvalho.
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