O MpD desafiou este sábado a todos os militantes e simpatizantes a “corrigir a falhas e reforçar a confiança”, enquanto declarou aos cabo-verdianos ter percebido o sentido do voto e de abstenção para agir, visando reforçar a confiança.
Ulisses Correia e Silva manifestou esta preocupação no encontro da tarde de ontem, 31, na Cidade da Praia, com os cabeças-de-lista desta força política nas autárquicas de 25 de Outubro, e elegeu a firmeza e a confiança como palavras de ordem para a acção política.
O líder ventoinha reafirmou que “os cabo-verdianos depositaram mais uma vez a confiança no MpD para governar/dirigir a grande maioria das câmaras municipais”, mas disse ter compreendido a mensagem dos seus militantes e simpatizantes, tendo prometido reforçar a acção política de proximidade e dinamizar o partido para os próximos embates eleitorais.
Na sua leitura quanto aos resultados do pelito eleitoral, observou que lá onde o MpD esteve reunido venceu muito bem, mas que lá onde os “problemas e egos pessoais se sobrepuseram à missão de serviço ao MpD”, o seu partido teve problemas, a ponto de considerar esses resultados “uma lição a se ter em conta”.
Aos eleitos e reeleitos prometeu trabalhar juntos, seja como presidente do MpD seja como chefe do Governo, na qualidade do parceiro forte de desenvolvimento local, visando “produzir bons resultados com espírito de missão e uma agenda virada para o Desenvolvimento Sustentável”.
Classificou de históricos os resultados alcançados na ilha do Maio, nos três concelhos de Santo Antão, no Sal, em São Nicolau, e identificou como a “grande vitória” o resultado de São Vicente, e admitiu que nos “outros concelhos não foram alcançados os objectivos propostos”.
Nesta linha, voltou a manifestar a sua estranheza pela derrota no município da Praia, por considerar que o trabalho feito pelo autarca Óscar Santos, nos últimos quatro anos, transformou a capital num orgulho de Cabo Verde e da sua diáspora.
Ulisses Correia e Silva considerou que os candidatos derrotados também fizeram bom combate e fez questão de frisar que não abandona a navegação, com o argumento de que “há vida para além das eleições e mais combates virão brevemente”.
No cômputo geral foi claro em afirmar que o MpD foi o grande vencedor ao conquistar 14 das 22 câmaras municipais do País, pelo que prometeu corresponder à confiança dos cabo-verdianos “com responsabilidade, sem populismo, sem demagogia e sem excesso de confiança”.
Considerando que o MpD tem a obrigação ética e moral de melhorar a sua relação com os cabo-verdianos, disse ser “a hora de reafirmar a confiança no presente e no futuro”, elucidando que o “MpD não altera a sua postura em função dos resultados eleitorais”.
Depois de enumerar os ganhos alcançados pelo país durante a sua governação, que fez “progredir e desenvolver o país”, Correia e Silva frisou que a crise provocada pela pandemia da covid-19 veio interromper o percurso de uma economia a crescer com aumento do rendimento das famílias.
Realçou, entretanto, que tudo está a ser feito para reforçar, ainda mais, o rendimento social de inclusão dirigido às famílias em pobreza extrema, às crianças, aos idosos e pessoas com deficiência, às mulheres, bem como os programas de formação e de estágios profissionais e empreendedorismo e continuar a investir num sector público gerador de emprego.
Com Inforpress
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