O primeiro-ministro escusou-se hoje a comentar o relatório do Índice da Democracia 2020 divulgado pela Economist Intelligence Unit, que reporta a Cabo Verde descida da 30ª para 32ª posição, colocando o país entre as democracias imperfeitas.
O relatório atribui a Cabo Verde uma pontuação global de 7.65, inferior ao de 2019 (7.78), e concluiu mesmo que a democracia piorou em todos os países lusófonos, com o agravante de não existir um único país da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) com o estatuto de “democracia plena”.
Ao ser abordado pela imprensa, Ulisses Coreia e Silva disse que não comenta porque não viu nem analisou os dados, mas que o Governo/país “continua fortemente empenhado em ser uma democracia de referência”.
De acordo com o relatório divulgado hoje, Portugal, é o país lusófono mais bem posicionado no “ranking”, mas caiu de 8.03, em 2019, para 7.90, em 2020, ao descer da 22ª para a 26ª posição, pelo que passa a constar do grupo dos países catalogados como “democracias imperfeitas”.
Já o Brasil subiu da posição 52ª para a 49ª, passando de 6.86 para 6.92 pontos, Cabo Verde desceu da 30ª para a 32ª posição e Timor-Leste perdeu três lugares, ao descer do 41ºº para 44.º e de uma pontuação de 7.19 para 7.06.
Ainda assim, Cabo Verde afigura-se o segundo país mais bem classificado na África Subsaariana, sendo que as ilhas Maurícias prontificam-se como a única “democracia plena”, de acordo com o índice.
Em relação aos restantes países lusófonos, a Guiné-Bissau manteve a sua pontuação de 2.63, tendo, entretanto, subida uma posição no índice, passando a ocupar o147º lugar.
Assim como a Guiné Bissau, Angola, Moçambique e Guiné Equatorial continua inseridos no grupo de “regime autoritários”, com Angola a cair de 3.72 para 3.66, seguida de Moçambique ao passar de 3.65 para 3.51, ao passo que a Guiné Equatorial manteve os 1.92 pontos ao subir, entretanto, da posição 161 para a 160.
Já em relação a São Tomé e Príncipe não há qualquer registo de avaliação neste índice.
O Índice da Democracia é elaborado anualmente pela The Economist Intelligence Unit, associada a publicação britânica The Economist, com o objectivo de medir os níveis de democracia em 167 países e territórios.
Comentários