Cabo Verde e os restantes países africanos de língua portuguesa e o Brasil encontram-se na lista de 81 nações que ainda não pagaram as suas quotas referentes a 2018 à ONU, revelou a organização em comunicado. No ano passado, Cabo Verde foi suspenso de votar nas Nações Unidas por causa disso.
Angola deve 243 mil dólares, Moçambique, 97 mil, e Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe devem 24 mil dólares cada. O Brasil deve quase 93 milhões de dólares. Todas as quantias já incluem descontos à quota anual, mas mesmo assim não foram pagas. Portugal é o único lusófono que não deve à organização.
No ano passado, Cabo Verde foi um dos 14 países que viu suspenso o seu direito de voto na Assembleia Geral das Nações Unidas por atrasos no pagamento à organização superiores a dois anos de quotas. Segundo carta endereçada à Assembleia Geral pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a 25 de janeiro de 2017, para retomar o seu direito de voto, Cabo Verde teria que efectuar um pagamento mínimo de 11.500 dólares. O pagamento, como prometera o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luis Filipe Tavares, seria feiro de forma gradual. Nota: Em 2016, Cabo Verde devia 2,7 milhões de euros em cotizações às organizações internacionais, sendo o caso da CEDEAO o mais gritante, obrigando o país a perder a possibilidade de presidir a organização regional.
Os Estados Unidos, recorde-se, são o maior contribuinte para este ano com 22 por cento do total ou seja 591 milhões de dólares, seguido do Japão com quase 236 milhões.
Refira-se que estas quantias não incluem os pagamentos para as operações de paz, cujos custos estão este ano avaliados em 7,8 mil milhões de dólares e para as quais os Estados Unidos contribuem com dois mil e 200 milhões de dólares.
Com VOA
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