Outros Mundos

Editora da autobiografia de Rita Lee partilha nota de pesar e recorda prefácio de Rui Reininho: “Lúcida, luxuriante, latina, léxica, linda”
Morreu a cantora e compositora brasileira Rita Lee, aos 75 anos, em São Paulo. A notícia foi confirmada pela família nas redes sociais: “Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”.

A artista, que passou por bandas como Os Mutantes ou Tutti Frutti, nas décadas de 60 e 70 do século passado, tinha recebido um diagnóstico de cancro do pulmão em 2021, tendo feito tratamentos de imunoterapia e radioterapia. O filho, Beto Lee, declarou em abril de 2022 que se encontrava recuperada.

Em fevereiro deste ano, foi internada devido a agravamento do estado de saúde, com o marido, Roberto de Carvalho, a explicar que “como qualquer pessoa que passou ou passa por um tratamento oncológico, internamentos para exames ou avaliações podem ser necessárias”, acrescentando poucos dias depois que estava “a recuperar”.

Lee tinha anunciado a publicação de “Rita Lee: Outra Autobiografia”, continuação de “Rita Lee: Uma Autobiografia”, de 2016, para o dia 22 deste mês de maio, revelando que se debruçará sobre os seus últimos anos, marcados pela pandemia de covid-19 e a luta contra o cancro. "Achei que nada mais tão digno de nota pudesse acontecer em minha vidinha besta. Mas é aquela velha história: enquanto a gente faz planos e acha que sabe de alguma coisa, Deus dá uma risadinha sarcástica”.

Apelidada por muitos como “rainha do rock brasileiro”, a artista dizia preferir o título de “padroeira da liberdade”. Nascida em São Paulo em 1947, Lee integrou um trio vocal feminino com apenas 16 anos e em 1964 passou a fazer parte do grupo rock Six Sided Rockers, que daria origem aos Mutantes. Em nome próprio, gravou sucessos incontornáveis da música brasileira, casos de ‘Lança Perfume’, ‘Banho de Espuma’ ou ‘Flagra’, tendo também dado voz, por exemplo, à canção do genérico da novela “Sassaricando”.

Fonte: Blitz, expresso.pt