Marido de Isabel dos Santos condenado à prisão por fraude imobiliária
Outros Mundos

Marido de Isabel dos Santos condenado à prisão por fraude imobiliária

Sindika Dokolo, empresário e colecionador de arte africana, acaba de ser condenado a um ano de prisão, no âmbito de um processo imobiliário na RD Congo, seu país-natal.

O marido de Isabel dos Santos já acusou o Presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, pela condenação, denunciando o caso no Twitter, precisamente depois de inaugurar em Luanda, na quarta-feira, um nova fábrica de cimento do grupo que lidera, a Cimangola.

“Quando inauguro uma fábrica de 400 milhões de dólares [cimenteira em Luanda], JKabila [Joseph Kabila] faz-me condenar a um ano de prisão por um bocado de terra. Senhor Kabila! Vai-se perder na sua Justiça”, escreveu Dokolo nesta rede social.

Segundo a imprensa local, Sindika Dokolo foi condenado à revelia por fraude imobiliária por um tribunal de Kinshasa. Noutro tweet, o empresário congolês voltou a atacar a condenação. “Investi 400 milhões de dólares numa fábrica. Querer condenar-me por roubar um milhão [de dólares] não é credível”, publicou.

Não se conhecem os pormenores deste caso, mas, em junho passado, o ex-governador Moise Katumbi – crítico de Kabila, como Dokolo – foi também condenado por fraude imobiliária, pouco depois de ter anunciado a sua candidatura às eleições presidenciais no país, previstas para dezembro.

Novamente no Twitter, Dokolo aludiu a este caso: “Devemos encorajar os congoleses na diáspora que são capazes de reconstruir a RDCongo e não enviá-los para o exílio, no medo”.

Numa altura em que mais de 30 mil refugiados congoleses procuram asilo no leste de Angola, este caso poderá mesmo colocar em causa as relações entre os dois países.

Com JN

Partilhe esta notícia

SOBRE O AUTOR

Redação

    Comentários

    • Este artigo ainda não tem comentário. Seja o primeiro a comentar!

    Comentar

    Caracteres restantes: 500

    O privilégio de realizar comentários neste espaço está limitado a leitores registados e a assinantes do Santiago Magazine.
    Santiago Magazine reserva-se ao direito de apagar os comentários que não cumpram as regras de moderação.