Lula da silva condenado mas não convencido
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Lula da silva condenado mas não convencido

Nove anos e meio de prisão e uma interdição de exercer cargos públicos por 19 anos. Foi esta a sentença ditada ao ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, considerado culpado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de capital no processo “Lava Jato”.

A sentença já está a ser classificada pelo Partido Trabalhista (PT), do qual Lula da Silva foi presidente vários anos, como uma jogada política. A atual responsável do partido, Gleisi Hoffmann, disse que o PT iria protestar contra a condenação de Lula. Os advogados também denunciaram investigações com motivação política, que não produziram provas concretas.

Recorde-se que Lula já expressou interesse numa nova candidatura às presidenciais de 2018.

A decisão judicial, pronunciada pelo juíz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, também não é consensual para boa parte do povo brasileiro, que tem mostrado ao longo de todo o processo um posicionamento favoravél ao ex-presidente.

Lula, que negou as acusações, aguardará em liberdade enquanto interpõe um recurso.

Mais processos a caminho

Este é apenas o primeiro dos cinco processos nos quais o ex-presidente brasileiro está implicado. Todos relacionados com esquemas de corrupção, tráfico de influência, lavagem de capitais e organização criminosa.

O “Lava Jato” é já considerado o maior processo judical contra a corrupção iniciado no Brasil. No centro das investigações estão alegados subornos pagos a políticos por empresários brasileiros em troca de contratos com a estatal petrolífera, Petrobrás.

Estas investigações constituem para muitos um ponto de ruptura com a impunidade reinante entre a classe política brasileira.

A condenação pronunciada hoje é histórica. Num país marcado pela corrupção é a primeira vez que um presidente é condenado num processo do tipo.

As investigações visam vários outros políticos nacionais, inclusive o actual presidente brasileiro Michel Temer, cuja demissão vem sendo pedida em vários protestos populares.

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Karina Moreira

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