O novo director Nacional da Defesa, Maurino Évora, definiu hoje, na Cidade da Praia, a soberania e a protecção do espaço marítimo como “prioridades absolutas”.
No seu discurso de tomada de posse, Maurino Évora, que substituiu Domingos Correia no cargo, defendeu que a estratégia da Defesa Nacional deve se assentar na protecção da soberania, na resiliência perante as ameaças não convencionais e no fortalecimento das parcerias.
Neste sentido, apontou que a doutrina de Defesa de Cabo Verde deve enfatizar o investimento em tecnologias de monitorização com sistema de aeronaves não tripuladas, satélites e sistemas de radar costeiros.
Para Maurino Évora, a protecção do espaço marítimo cabo-verdiano é essencial em termos de segurança e na preservação dos recursos naturais.
Por outro lado, avançou que as ameaças não convencionais têm vindo a tornar-se uma preocupação crescente, e lembrou que Cabo Verde está vulnerável a fenómenos como terrorismo, tráfico de drogas e pirataria.
A resposta de Cabo Verde para essas ameaças, segundo o empossado, deve ser multidimensional, com a integração de uma defesa militar com capacidade de respostas a crises humanas e protecção civil.
Maurino Évora apontou ainda as parcerias internacionais como um outro pilar estratégico da Defesa Nacional, por forma a garantir a soberania e segurança de um país que não tem capacidade para sustentar uma Defesa completamente autónoma.
“A participação activa em organizações de segurança colectiva, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e em outras parcerias regionais são imperativos”, frisou
Por sua vez, a ministra de Estado e da Defesa Nacional, Janine Lélis, disse que compete ao novo director Nacional da Defesa promover o planejamento estratégico e as políticas no domínio da cooperação técnico-militar.
Para o cumprimento desses fins, esclareceu a governante, a direcção Nacional da Defesa tem o “grande desafio” de continuar a incrementar as acções desenvolvidas, principalmente na implementação da Estratégia Nacional para as Infra-estruturas Críticas.
“Esperamos que encare com entusiasmo e dedicação a sua comissão de serviço, para que possamos inaugurar uma nova fase na direcção da Defesa Nacional”, augurou Janine Lélis.
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