Arrancou nesta segunda-feira, 25, a Conferência do Tratado sobre o Comércio de Armas, e o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções a Israel (BDS) anunciou o lançamento de uma campanha dirigida aos representantes dos países que participam nesta conferência, entre 25 e 29 de agosto, em Genebra, Suíça.
O movimento relembra que o Estado israelense é, também, signatário deste tratado e sublinha que “ao fornecer material militar a Israel, incluindo artigos de dupla utilização, os Estados-membros estão a violar flagrantemente as regras do Tratado sobre o Comércio de Armas que se comprometeram a respeitar”, porquanto aquele país “vem cometendo um genocídio contra 2,3 milhões de palestinianos em Gaza há mais de 22 meses”, utilizando armamento adquirido ou transferido por outros subscritores do tratado.
Respeitar o tratado para além da retórica
“Como documento juridicamente vinculativo da ONU, o Tratado sobre Comércio de Armas deve ser respeitado para além da mera retórica. No entanto, os Estados-membros não só não tomaram medidas para dissuadir, pôr fim e punir os crimes de Israel, como também estão a ser cúmplices no seu armamento, financiamento e outras formas de apoio”, sustenta o movimento BDS.
Ainda segundo o movimento, para que esses países passem a cumprir as suas “obrigações legais e morais”, os cidadãos devem pressionar os seus representantes para que, “no mínimo”, se aplique o mecanismo do tratado para proibir qualquer transferência de armamento para Israel ou material de dupla utilização, garantindo um controlo eficaz e sanções para os incumpridores e retirando quaisquer privilégios diplomáticos concedidos a Israel enquanto signatário desse tratado.
Fonte: Imprensa internacional
Foto: ANSA/EPA
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