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Durão Barros, que foi também ex-presidente da Comissão Europeia, fez estas afirmações à imprensa, no final de uma audiência com o Presidente da República, José Maria Neves, esta manhã, na Cidade da Praia.

“O essencial é encontrar um sistema de abertura, por exemplo, Portugal precisa de mais imigrantes. Portugal parava hoje se não houvesse imigração. Portugal parava, é que parava. Em todos os sectores precisamos de mais imigrantes, mas precisamos de fazê-lo de maneira ordenada com pessoas que se integrem, que respeitem as leis”, declarou.

Para Durão Barroso, as portas devem estar abertas, mas não escancaradas, isto porque justificou, os imigrantes podem ser explorados e viverem numa situação de vulnerabilidade por causa da imigração clandestina.

“A imigração clandestina é muito mal para eles e para o país em geral, e mais, isso leva a uma reação que há em todas as sociedades, que em Portugal também há, quando se percebe que há uma imigração descontrolada. É aqui que é preciso que as autoridades portuguesas encontrem um equilíbrio”, asseverou.

Defendeu ainda que a imigração precisa ser controlada para evitar que haja movimentos extremistas que se revoltem contra isso e que criem mais problemas para Portugal.

“Está a haver um diálogo entre as diferentes forças políticas e eu espero que se chegue a uma situação de equilíbrio, que permita continuarmos a acolher imigrantes, incluindo de Cabo Verde, que são no geral muito bem-recebidos e respeitados em Portugal”, acrescentou.

A audiência com o Presidente da Republica serviu para perspectivar os principais temas da actualidade global e colocar em linha as relações de cooperação entre Cabo Verde e Portugal, bem como os laços com a União Europeia.

A ocasião serviu igualmente para José Maria Neves e Durão Barroso revisitarem o percurso da Parceria Especial de Cabo Verde com a União Europeia.