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Transporte Marítimo. Grupo ETE diz que Estado lhe deve 9,5 milhões de euros
Economia

Transporte Marítimo. Grupo ETE diz que Estado lhe deve 9,5 milhões de euros

 A administração do grupo português ETE, que tem com Cabo Verde um contrato de concessão para transporte público marítimo de passageiros e mercadorias, assegurado pela CV Interilhas, iniciado em 15 de Agosto de 2019, por 20 anos, esclareceu hoje, em comunicado, que o Estado de Cabo Verde lhe deve 9,5 milhões de euros. 

Trata-se de um comunicado tornado público na sequência dos constrangimentos no serviço público de transporte marítimo de passageiros e de carga, concessionado à CV Interilhas (CVI), o Grupo ETE, acionista da CV Interilhas.

“Nos termos da concessão, estão consagrados direitos e obrigações para ambas as partes, concedente e concessionária, que devem ser integralmente cumpridos por estas, de forma a que a concessionária possa investir na qualidade dos serviços de mobilidade que presta, de forma a que a oferta existente responda na íntegra às necessidades dos passageiros e ao respetivo conforto e bem-estar”, lê-se.

A nota diz que só desta forma a concessionária estará em condições de poder continuar a investir na renovação da frota, de modo a garantir uma maior fiabilidade do serviço.

Em seguida, esclarece que, “o concedente se encontra em incumprimento das suas obrigações financeiras, desde o início da concessão, em 2019, a ponto de atualmente a elevada dívida acumulada à CV Interilhas ascender já, a 9,5 milhões de euros”.

“No que respeita ao Navio Chiquinho BL, para que este possa servir a rota de São Nicolau, é necessário ultrapassar os inúmeros constrangimentos burocráticos que têm sido levantados constantemente à CV Interilhas, para que este serviço se torne uma realidade – somente isso”, diz o grupo ETE.

O Grupo ETE afirmou ainda que, através da CV Interilhas, mantém o seu compromisso para com a população de Cabo Verde e continuará a cooperar de forma estreita com o Estado, a fim de continuar a cumprir aquela que é a sua missão;

“Só será possível oferecer um serviço de transporte marítimo inter-ilhas de passageiros e carga regular, fiável e seguro, à população cabo-verdiana, se todos se mostrarem disponíveis para cooperar e cumprir as respetivas obrigações, de forma leal e competente”, concluiu.

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