A transportadora aérea nacional pretende reduzir o número de trabalhadores para 150 colaboradores, com o corte de 50 dos 200 funcionários da empresa pública. A medida não agrada sobretudo aos pilotos que deverão ver cair os seus salários, máximo de 550 contos por mês, para números bem mais baixos.
Com cerca de 200 colaboradores actualmente, a TACV acredita que precisa dispensar mais 50 funcionários para poder operar com alguma folga, conforme justificou aos funcionários a administração da companhia, liderada por Sara Pires (foto).
Mais, após um encontro com os trabalhadores de há pouco mais de uma semana, a actual equipa gestora da companhia aérea de bandeira nacional propôs reajustar os salários do pessoal, alegando reequilíbrio das contas “nestes tempos difíceis”.
A companhia aérea de Bandeira, que esta segunda-feira, 4, inicia o incremento de voos para Portugal, continua a operar no vermelho, mas acusa excesso de pessoal e uma folha salarial mensal na ordem dos 40 mil contos. Factos que levam a administração liderada por Sara Pires a encetar contatos com os sindicatos para negociar a redução dos salários e a rescisão de trabalhadores.
Os principais visados com esta medida são os pilotos, que auferem 550 contos mensais de ordenado, conforme escreve o jornal online opais.cv. A tabela proposta propõe percentagens diferentes de redução para comandantes, pilotos e co-pilotos, mas, os níveis de corte salarial não agrada a essa classe profissional.
A TACV, por seu lado, aponta a Covid-19 como justificação para a medida que tenciona aplicar, sublinhando que foi a pandemia que fez paralisar a companhia. E a gestão da Icelandair, ex-parceiro estratégico do Governo.
Na óptica da actual administração da TACV, a Icelandair actualizou em alta os salários dos pilotos, dando cabo da tesouraria da transportadora aérea nacional, que não consegue sustentar os vencimentos dos seus funcionários.
A solução proposta é de reajustar, para baixo, o salário sobretudo dos pilotos mas, garantem que será temporariamente e variando de categoria por categoria.
Tudo isso será possível, se houver acordo com os sindicatos, que não afinam, por ora, no mesmo diapasão da ideia sugerida pelo Governo e administração da TACV.
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