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Há 170 mil pobres em Cabo Verde. Ministro das Finanças promete baixar esse índice
Economia

Há 170 mil pobres em Cabo Verde. Ministro das Finanças promete baixar esse índice

50 mil cabo-verdianos estão na miséria total. Os números foram avançados ontem, sexta-feira, 10, pelo ministro das Finanças, que promete baixar esse índice e "mudar o quadro de vida desses cabo-verdianos e construir um país melhor”.

O Governo garante estar determinado em trabalhar para mitigar a pobreza no país. Segundo Olavo Correia, ministro das Finanças, ainda vivem em Cabo Verde mais de 170 mil pessoas consideradas pobres e outros 50 mil em pobreza absoluta.

O governante falava no final de uma visita de três dias à ilha do Sal para participar no Seminário do Banco Africano de Importação e Exportação (Afreximbank), tendo aproveitado a ocasião para fazer a apresentação do Plano Estratégico do Desenvolvimento Sustentável (PEDS 2017-2021), à classe empresarial local.

“Cabo Verde tem 35 por cento da sua população na pobreza. Só estes dados devem significar uma enorme responsabilidade para quem tem poder de mudar o quadro de vida desses cabo-verdianos e construir um país melhor”, ponderou o titular da pasta das Finanças.

O governante refere, entretanto, que esta realidade é mais preocupante no mundo rural do que no urbano, sobretudo este ano que o país enfrenta um período de seca abrangente a todas as ilhas do arquipélago.

“Isso representa um enorme desafio do ponto de vista da Administração do Estado para acudir as populações pobres que vivem no mundo rural e que hoje são confrontados com um desafio enorme que tem a ver com a seca”, disse.

Perante o cenário, fazendo fé que Cabo Verde poderá reduzir o seu índice de pobreza, Olavo Correia afiança que o Governo está determinado a trabalhar para que assim seja.

“Temos todas as condições para que isso aconteça. Depende de nós, de uma visão conjunta, partilhada. O que nós queremos é servir o nosso país para que todos tenham uma vida decente e possam viver melhor em cada parte do país e também na diáspora”, frisou.

Instado, todavia, de que jeito será possível debelar a situação, Olavo Correia explica que o Governo está a trabalhar “visando um turismo inclusivo”, apoiando, desde logo, as micro, pequenas e médias empresas, a montante e a jusante para o sector.

“Estamos a criar novos mecanismos de financiamento, o apoio empresarial ao nível do “coutching” (formação) para que os cabo-verdianos possam também assumir um papel cada vez mais crescente”, sublinhou, referindo que é “importante” continuar a atrair investimentos estrangeiros, mas também, essencial, uma classe empresarial endógena, forte, capaz e competitiva.

Segundo o titular da pasta das Finanças o Estado “está” a criar essas condições ao mesmo tempo a investir em matéria de requalificação urbana, habitação social, entre outros sectores.

“Criar as condições para que o turismo seja inclusivo e todos possam participar nesse processo. E, não seja apenas um fenómeno que afete alguns e não a todos, ao nível da ilha ou do país. Penso que é um enorme desafio que temos pela frente, mas que saberemos vencê-lo”, enfatizou.

Com Inforpress

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