Economia

É o que disse o ministro das Finanças, Olavo Correia, no acto de empossamento do novo conselho de administração da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVCV), ocorrido hoje na capital do país.

Apostar na modernização do sistema financeiro e na internacionalização do mercado de capital, é repto lançado por Olavo Correia, ao presidente da BVCV, Manuel Lima, que foi reconduzido no cargo, porque, como disse o governante, “Cabo Verde precisa modernizar o seu sistema financeiro, criando mais instrumentos e mais instituições”, para além da necessidade de se “internacionalizar o mercado de capitais para que o acesso ao financiamento seja mais livre e ter-se mais oportunidades para financiar a economia cabo-verdiana”.

“O objectivo é criar as melhores condições para que as micro, pequenas e médias empresas, bem como as grandes empresas, tenham acesso ao financiamento e possamos acelerar a dinâmica do crescimento da economia do país”, sublinhou Olavo Correia.

Para o ministro, a liberdade para movimentação de pessoas, de bens e de capitais é essencial para o futuro de Cabo Verde. “Só assim podemos amplificar as oportunidades de emprego, de rendimento, de desenvolvimento para todos os jovens e todas as ilhas de Cabo Verde”.

Na ocasião, Olavo Correia destacou ainda que Cabo Verde poderá ser uma praça financeira internacional para domiciliar fundos de investimentos que depois podem ser aplicados em toda a parte do mundo.

A criação de “um quadro legal robusto, um quadro legal internacional, ter jovens altamente qualificados para poder prestar um serviço de qualidade, ter um bom sistema de comunicação e um ecossistema do ponto de vista do ambiente de negócios”, são outros aspectos importantes defendidos pelo ministro das Finanças.

“Só assim podemos ambicionar crescer 7% e que está ao nosso alcance. Temos que criar um ecossistema ao nível do financiamento para que isso venha a ser uma realidade no mais curto espaço de tempo possível”, frisou o governante.

Cabo Verde é “um país de reputação à escala global”, afirmou o ministro que, no entanto, sublinhou a necessidade de o arquipélago melhorar um conjunto de serviços, nomeadamente ao nível das telecomunicações, do sistema jurídico, do sistema dos transportes.

“É preciso criar um ecossistema para que Cabo Verde possa vir a transformar-se numa praça financeira internacional. Não vale a pena referir-se apenas ao conceito internacional. É preciso criar as condições”, salientou Olavo Correia.

Com Inforpress