Economia

De acordo com os dados provisórios do Comércio Externo, no 1.º trimestre de 2021 as exportações de Cabo Verde tiveram um decréscimo de 36,8% relativamente ao mesmo período de 2020. 

No período em análise, as exportações de Cabo Verde totalizaram 791 mil milhões de escudos (7,1 mil milhões de euros), correspondendo a um decréscimo de 461 mil milhões de escudos (4,1 mil milhões de euros).

Segundo o INE, a Europa continuou a ser o principal cliente de Cabo Verde, absorvendo cerca de 94,1% do total das exportações cabo-verdianas.

Já a Espanha lidera o ‘ranking’ dos principais clientes de Cabo Verde na zona económica europeia, representando 34,6% nos primeiros três meses do ano, mas diminuindo 26,1 pontos percentuais face ao trimestre homólogo.

Entre os produtos exportados por Cabo Verde no período em análise, os preparados e conservas lideram com um peso de 49,4%. Os peixes crustáceos e moluscos ocupam o segundo lugar (17,7%) e o vestuário a terceira posição (11,9%), em relação ao registado no mesmo período do ano anterior. 

No mesmo período, o INE constatou que as importações de Cabo Verde diminuíram 11,6%, face ao 1.º trimestre de 2020, e que o continente europeu continuou a ser o principal fornecedor do país, com 75,3% do montante total, contra 77,9% do mesmo período do ano passado.

Seguem-se a Ásia/Oceânia (11,7%), América (7,9%), resto do Mundo (3,1%) e da África (2,0%).

A nível dos países, nos primeiros três meses do ano Portugal liderou entre os fornecedores de Cabo Verde, com 49,5%, e França no segundo lugar com 5,9%, com percentagens das importações superiores às registadas no período homólogo.

A seguir surgem a China, Países Baixos e Espanha, com 5,9%, 4,4% e 3,9%, respetivamente, que apresentam diminuições nas importações em relação ao trimestre homólogo.

O INE concluiu que os principais produtos importados por Cabo Verde atingiram 55,7% do montante total das importações, sendo que os produtos mais importados foram combustíveis com 10,5%, máquinas e motores (9,7%), reatores e caldeiras (7,0%), veículos automóveis (6,9%) e ferro e suas obras (5,3%).

Segundo o INE, no primeiro trimestre deste ano, as reexportações também diminuíram, em 40,4%, comparativamente ao mesmo período de 2020, o deficit da balança comercial diminuiu (9,8%) e a taxa de cobertura baixou em 1,9 pontos percentuais.