As sete incubadoras das ilhas de Santiago, São Vicente, Santo Antão, Boa Vista e Sal, que integram a Rede Nacional das Incubadoras de Inovação (RNII) vão ser a partir de agora serem geridas pelo sector privado.
O acordo que formaliza essa passagem de competências foi assinado hoje, na Cidade da Praia, entre a Pró-empresa e os representantes do sector privado numa cerimónia presidida pelo secretário de Estado da Inovação e Formação Profissional.
Assim, a Câmara de Comércio Indústria e Serviço de Sotavento (CCISS) passa a gerir a Business Incubation Center e a incubadora das TIC, a Câmara de Comércio de Barlavento, a incubadora mista de São Vicente e do agronegócio de Santo Antão, a Câmara de Turismo ficou com gestão da incubadora das ilhas do Sal e da Boa Vista e a Universidade de Santiago com a incubadora de agronegócio de Santiago.
Segundo o secretário de Estado para Inovação e Formação Profissional, Pedro Lopes, essa decisão da transferência das incubadoras está inserida numa estratégia mais ampla de parceira com o sector privado com vista à melhoria do ambiente de negócios em Cabo Verde.
“Faz parte de um conjunto de competências que o Governo decidiu transferir para o sector privado porque acreditamos que os resultados serão mais positivos para a classe empresarial”, explicou salientando também que essa delegação de competências espelha a cooperação público-privada assinada em Abril de 2017 entre o governo e as Câmaras de Comércio e as Câmaras de Turismo.
Para o presidente do Conselho Superior das Câmaras de Comércio, Belarmino Lucas, que falou em nome dos seus pares, essa transferência de competências poderá dar um novo impulso na promoção do empreendedorismo em Cabo Verde.
“As incubadoras podem ter um papel extremamente importante na criação dessa consciência e desse espírito empreendedor também na medida em que podem transformar as ideias de empreendedorismo em projectos concretos, em empresas que depois farão a vida dentro do contexto nacional contribuindo para a densificação do tecido empresarial”, disse.
Da mesma forma, salientou que as incubadoras no campo das agremiações empresariais, que no fundo conhecem os problemas do empresariado nacional, será um factor acrescido de transmissão de experiência e da concretização das ideias em negócios.
O acordo prevê um período de transição de seis meses a um ano e nesse período o Estado, através da pro-empresa, vai apoiar financeiramente as entidades gestora das incubadoras.
Com Inforpress
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