A Associação Empresarial de Cabo Verde reclama pela aprovação da lei de prorrogação do ‘lay-off’ que terminou a 30 de Junho, mencionando que alguns funcionários já exigem dos patrões o pagamento de cem por cento do salário de Julho.
“Como sempre, a lei é publicada com semanas de atraso e com efeito retroactivo, com consequências nos pagamentos dos trabalhadores que irão receber os subsídios e os salários de Julho no mês de Setembro”, exteriorizou o presidente da Cabo Verde Empresas, Andrea Benolli, segundo o qual bares e restaurantes encontram-se fechados há meses por falta de clientes, mas continuam a apoiar os trabalhadores através do ’lay-off’.
“Criando mais dívidas com os bancos na esperança de ter em breve uma retoma que depende muito de Cabo Verde e pouco, muito pouco da Europa”, manifestou, referindo que alguns funcionários, “cansados desta situação”, já pedem aos empregadores o pagamentos de 100 por cento dos salários referentes a Julho, já que, conforme a lei, não são mais abrangidos pelo ‘lay-off’, dado à não prorrogação do regime.
“O que significa mais dores de cabeça para os empresários destas actividades económicas, o que poderia ser agilmente evitado com uma adequada programação, e se se tivesse tido mais em conta as opiniões dos representantes do sector privado”, comentou.
“É preciso aprovar a prorrogação do regime de ‘lay-off’ até 31/03/2022, podendo o mesmo ser revogado em caso de efectiva retoma do sector do turismo nos próximos meses”, acautelou Andrea Benolli, em representação dos empresários cabo-verdianos, que ao mesmo tempo discordam da medida do Governo que “exige” a verificação da autenticidade do Certificado Covid, às pessoas que frequentam os serviços de bares e restauração.
“Os empresários são levados a ser inspectores dos próprios clientes”, ironizou, criticando a medida.
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