O administrador da SolAtlântico, Henrique Duarte, justificou hoje os atrasos dos autocarros com o trânsito e propôs a criação de um “corredor de bus” no trajecto da linha 15, que liga Platô ao Campus Universitário de Palmarejo Grande.
Henrique Duarte, que falava à Inforpress a propósito de mais uma reclamação dos alunos da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) sobre os atrasos dos autocarros da Empresa de Transportes Públicos de Passageiros a operar na cidade da Praia, afirmou que a situação desta linha é complexa.
O responsável indicou que a Solatlântico tem seis autocarros na linha 15 e avançou que é do conhecimento da administração da empresa os atrasos, que de restos são registados também em outras linhas.
Entretanto, explicou que a demora acontece, sobretudo, nas horas consideradas de ponta, em que o trânsito é mais intenso na cidade da Praia.
“O problema é o trânsito e o autocarro não consegue manter aquela frequência desejada ou programa. Para nós a principal razão é essa. Nós temos nessa linha seis autocarros de maior capacidade. Mas sabemos que entre 12:30 e 13 horas eles apanham a fila nos dois sentidos e fica difícil cumprir os horários”, disse.
Trata-se, segundo o administrador, de situações complexas que se verificam não só na Uni-CV, mas também em outros pontos, nomeadamente no Platô, com a saída dos alunos dos liceus.
Por isso avançou que a empresa tinha sugerido ao Ministério da Educação que diferenciasse os horários para a entrada e saída dos alunos de forma faseada, no sentido de evitar que todos saíam à mesma hora e provoquem grandes aglomerações nas paragens, exigindo respostas que a empresa não consegue dar.
“Trata-se de uma situação que não depende só de nós”, reiterou. No caso concreto dos alunos da Uni-CV adianta que há abertura da parte da administração da empresa para encontrar as soluções que sejam menos penosas para os alunos, mas afirma que este é um problema que infelizmente a empresa não tem conseguido responder porque não depende só dos seus recursos.
A proposta para já passa pela criação de um "corredor de bus" para que os autocarros e outros veículos de transportes públicos pudessem circular sem grandes constrangimentos e grandes atrasos.
“A sugestão que nós vemos é abrir uma via, criar um corredor de bus. Podia ser na faixa central em que durante o período de tráfego, de maior tráfego essa faixa estaria aberta para autocarros e outros veículos de transporte. E depois ir alternando esse sentido quando o tráfico ficasse no sentido contrário”, explicou.
“Porque se reparar e os alunos podem confirmar isso, há uma determinada hora em que os autocarros vão sem grandes problemas, mas depois para regressarem vão apanhar tráfego na vinda, e por muito que queiram, não conseguem chegar a tempo de satisfazer os restantes alunos”, acrescentou.
Henrique Duarte afirma que a administração da SolAtlântico está sensível aos problemas dos estudantes e aberta também a proposta de soluções para se ultrapassar esse problema.
Nesta segunda-feira, 25, um grupo de alunos reclamaram da demora dos autocarros e pediram uma melhor gestão da linha 15 que faz o percurso Platô – Campus universitário do Palmarejo Grande.
Os estudantes que iniciam as aulas às 7:30 consideram que a situação tem sido complicada e difícil e exigem uma solução com o objectivo de oferecer mais dignidade no acesso aos transportes públicos.
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