A administração da TACV-Cabo Verde Airlines afirmou esta quarta-feira, 10, em comunicado, que a recuperação da confiança na companhia de bandeira só é possível com o envolvimento dos seus trabalhadores e parceiros, reagindo assim às denúncias do sindicato dos pilotos sobre a má gestão da companhia de bandeira nacional..
Conforme o documento, esta reacção da administração da Cabo Verde Airlines surge na sequência de um posicionamento do Sindicato Nacional de Pilotos da Aviação Civil (SNPAC), que questionou algumas situações reinantes na transportadora aérea de bandeira, como salários em atraso, falta de segurança operacional dos voos e violação de contratos laborais, denunciado em primeira mão por Santiago Magazine no passado dia 4 de Agosto.
“Uma das principais preocupações da empresa foi criar condições para uma operação segura, que passa obrigatoriamente pela formação e avaliação de todo o staff da empresa”, lê-se no comunicado.
Segundo a administração, o Boeing 737-700, matrícula D4-CCI, entrou na frota da TACV a 8 de Maio de 2022, tendo antes recebido trabalhos de manutenção com recurso a componentes e peças que faziam parte do stock existente e outras adquiridas para o efeito.
“Com vista a proporcionar uma operação segura, a TACV adquiriu peças e ferramentas necessárias para garantir a manutenção programada da aeronave durante o corrente ano”, acrescenta o comunicado, ajuntando que a companhia tem capacidade de reparar localmente outras componentes, como rodas, travões e baterias.
“As peças e as ferramentas encontram-se nos armazéns da TACV. Todavia, existem peças que pelo seu elevado custo e baixa probabilidade de avaria, não se recomenda a sua aquisição para stock, como exemplos de equipamentos de elevado custo temos os motores, trens de aterragem, controlo electrónico do motor”, explicou a administração da TACV.
Lembra a direcção da companhia aérea nacional que, desde 27 de dezembro de 2021, a TACV opera com apenas uma aeronave na sua frota e que esta condição a impossibilita de, em caso de irregularidades, efectuar a reposição de voos para protecção dos passageiros em tempo útil.
“Por forma a minimizar os constrangimentos causados aos passageiros e cumprir os regulamentos das autoridades aeronáuticas, a TACV tem recorrido a leasing de aeronaves, em regime de ACMI e com razoável sucesso na protecção aos passageiros”, notou a administração, acrescentando que a companhia está a trabalhar para a aquisição, em regime de dry lease, de uma segunda aeronave, ainda este ano, e tem estado a melhorar o seu nível de stock de peças.
Quanto a licenças de softwares de operação, informou a administração, devido ao histórico de dívidas da TACV, a empresa vem negociando com todos os fornecedores o pagamento das mesmas e a reactivação dos serviços.
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