Três cabo-verdianos, o planeador de transporte Jimmy Pereira, o actual presidente da câmara de Brockton, Moisés M. Rodrigues, e a enfermeira Tina Cardoso, concorrem às eleições desta terça-feira, 05, em Brockton, nos Estados Unidos da América(EUA).
Jimmy Pereira concorre pela segunda vez ao cargo de presidente da câmara de Brockton (Mayor de Brockton).
Tinha-se candidatado ao posto em 2017, mas perdeu as eleições para Bill Carpenter, em 2017, que entretanto faleceu em Julho.
Recentemente, nas preliminares de 18 de Setembro o candidato cabo-verdiano, de 28 anos, ficou no segundo lugar com 3319 votos (24,74 por cento dos votos) e agora vai disputar o cargo com o candidato Robert F. Sullivan, que ficou em primeiro lugar.
Caso vença será o primeiro cabo-verdiano a ser eleito nas urnas para dirigir a câmara de Brockton.
Em entrevista ao The Enterprise, Jimmy Pereira afirmou que um dos principais pilares da plataforma eleitoral é o combate à insegurança e prevenção da violência naquela cidade, onde residem 95 mil pessoas.
“Um orçamento é um reflexo de nossos valores e, se queremos reduzir o crime, precisamos investir na prevenção da violência juvenil, treinamento em saúde mental e também os recursos necessários para perseguir traficantes de drogas em larga escala que estão perpetuando a violência e o vício em todo o mundo,” declarou o candidato ao enterprisenews.com.
Do mesmo modo, Jimmy Pereira quer empreender uma “luta pela equidade na educação”, pois, conforme sustentou, “o código postal dos filhos” das pessoas “nunca deve determinar seu acesso à educação pública de alta qualidade.”
Promete ainda trabalhar com provedores de serviços de habitação locais e estaduais e outras entidades para identificar recursos para novos abrigos, capazes de fornecer “serviços abrangentes” aos sem-tectos em Brockton.
A enfermeira Tina Cardoso, 47 anos, é a única mulher cabo-verdiana a disputar um dos quatro lugares de conselheiro-geral da cidade de Brockton.
Em entrevista à Infropress, a promotora da conhecida organização não-governamental Criolas Unidas, que costuma fazer acções sociais em Cabo Verde, disse que entrou na corrida porque a comunidade cabo-verdiana “precisa ter voz” na assembleia de Brockton.
“Precisamos de pessoas que nos representa na cidade de Brockton e, sobretudo, de pessoas que sabem o que se passa no nosso dia-a-dia. Tirando o Moisés M. Rodrigues não temos outro cabo-verdiano lá que saiba o que passamos, a nossa história, o sofrimento e a nossa cultura,” explicou a candidata.
Segundo Tina Cardoso, o falecido presidente da câmara de Brockton, Bill Carpenter, “abriu muitas portas” aos cabo-verdianos, mas com a sua morte corre-se o risco de um retrocesso caso os cabo-verdianos não tenha representantes na câmara.
Para a mesma fonte, a eleição de candidatos cabo-verdianos é necessária para “assegurar a viabilidade” dos conterrâneos em Brockton, sobretudo neste momento em que América “está mais frágil, cada vez mais hostil” com os emigrantes.
O actual presidente da câmara de Brockton, Moisés M. Rodrigues, que substitui o falecido presidente Bill Carpentier, também concorre a uma das vagas de conselheiro-geral da cidade.
O candidato, de 58 anos, defendeu também, em entrevista ao The Enterprise, que a segurança pública é uma questão “multifacetada e complexa” que requer “um esforço colaborativo entre a comunidade e a aplicação da lei.”
Pelo que prometeu dar continuidade “ao envolvimento da comunidade no policiamento” e “contratar mais policiais.”
Com Inforpress
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