I
Ao subir pelas escadas espinhosas do Purgatório não quero fazer a cruz na boca com o regresso à memoria do antes! (As imagens… as imagens estão penduradas atrás da minha costa).Com o regresso à memória do tempo, não quero ficar triste com a atriz Dylan Farrow e os semblantes maquilhados de Hollywood que viraram as costas a Woody. Oprah, pura, fez ecoar nas paredes do anfiteatro “O tempo de Woody Allen acabou!” Acabou… Com o regresso à memória do tempo, não quero ficar triste por causa da letra da comédia roubada “Midnight in Paris” do livro “Requiem por uma freira” de William Faulkner ou de Faulkner Literary Rights? Agora? Agora… “Lady Bird: é hora de voar” é premiado com Globos d’Ouro. As asas fraturadas do Bird deixaram de ser Lady para jamais voar. (As imagens… as imagens estão penduradas atrás da costa de Woody para Allen “Acabar de vez com a Cultura” como Leviatão, paquidérmico e moribundo!).
II
Com o regresso à memória do tempo, Mahatma Gandhi é o meu baobabe milagroso (As imagens… as imagens desmascaras das aparências expõem: o caráter, o gesto e o rosto). Com o regresso à memória do nosso tempo, vejo Praia a borbulhar de vitalidade nos seus bairros e a surfar nas espumas d’amor nos dias da maresia Sahel. (Sem trocar, nem vender a sua alma ao diabo). Certos, certos na plenitude do simplismo entre o caminho do Paraíso e o do Inferno onde, não vale a pena perceber que há mãos prolongadas do Purgatório d’almas por que a dor exige respeito e empenho continuado como comunicar por sorrisos … e depois, abanar a cabeça… abanar a cabeça… Num vaguear (sem rumo, sem mesmo ter de reinventar com a força das marés cheias ou com o vento que mudou e soprou nas nossas costas e d’alguém que voltou, sem nódoas na manta, nessa plena liberdade que a vida nos dá e que a morte nos subtraí mesmo ao ouvir lá longe o grito aflitivo dos pássaros).
III
Com o regresso à memória do nosso tempo! Hoje, é preciso. Sim. Namorar bem para que a escolha da Vénus dê certo.
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