Ó mar
Meu refúgio meu lar
De mistério infinito
E por todos querido
Tuas grandes ondas
Deixam pedras esculpidas e redondas
Lá do fundo
Tua mão se ergue
Em cada dedo
Uma ilha se emerge
Deitado e boiando
Encontra-se as dez ilhas de Cabo Verde
Oh mar de saudade
Nossas gentes você leva
Em busca da sonhada felicidade
Tuas ondas nos cala
Mas nos fortalece
Com energia que dela se dissipa
O barulho das tuas ondas
Batendo forte nas rochas
É um jogo e uma música eterna
Entre você e a terra
E a areia da praia
É o juiz e o maestro dessa banda
Teu horizonte
Marca teu imaginário limite
Que afasta a cada vez que dele
Nos aproximamos
Mar azul
Em junho acalmas
Meu ser e minha alma
Em dezembro revoltas
Tudo à sua volta
Mar não tem figueira
Nem tão pouco poleiro
Iludimo-nos com tua sereia
Que uns dizem ter visto de um veleiro
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