Colunista

Estávamos em 2016, chegaram homens ao poder em Cabo Verde, traziam boas novas encobertas pela capa da ganância e pela ânsia ao protagonismo,

Quase todos cabo-verdianos acreditaram nessas boas novas, pois os homens do regime anterior tinham feito tábua rasa aos princípios da boa governação, o escândalo da falência do Novo Banco, 10 milhões de usd do erário público desperdiçado, num país onde mais de 25% da população enfrenta a pobreza extrema, um outro escândalo, o fundo ambiente, também 5 milhões de usd do dinheiro público desperdiçado.

Entre outros escândalos, veio a contribuir para a derrocada do regime, o problema dos transportes, o naufrágio do navio vicente nos transportes marítimos, a apreensão de um avião na Holanda, por incumprimento do contrato, nos transportes aéreos.

Ainda, apesar de apregoarem ser de esquerda, lembrar que os homens do anterior regime alteraram o código laboral, reduzindo o valor do trabalho face ao capital e, mais grave, privatizaram os hospitais, fazendo que o estado fizesse lucro sobre a desgraça do cidadão.

Por tudo isso, os homens do atual regime tiveram campo fértil para divulgar as boas novas, quase todos os cabo-verdianos acreditavam nos Correias&cia como OS NOVOS MESSIAS que desfilavam mensagens ávidas ao povo, alinhado com a felicidade aos cabo-verdianos, mais liberdade, mais democracia, aumento do rendimento disponível das famílias, mais e melhor segurança, desembocando em:
1. DESPARTIDARIZACAO DO Estado
2. COMBATE AO NEPOTISMO
3. REFORÇO DAS ENTIDADES REGULADORAS
4. COMUNICAÇÃO SOCIAL PLURAL E INDEPENDENTEMENTE
5. REDUÇÃO DA POBREZA
6. MELHORIA NA SAÚDE, EDUCAÇÃO, JUSTIÇA, entre outros aspectos da vida

Hoje, quase 10 anos se passaram, Cabo Verde deu muitas voltas, o desalento é total, estes homens levaram o país a andar para trás.

A dívida pública aumentou não havendo reflexo nos ativos públicos e consequente qualidade de vida dos cabo-verdianos.

O desemprego alastrou, obrigando os cabo-verdianos a emigrarem, havendo perda de mao de obra, famílias inteiras partiram para o estrangeiro e os gestores das escolas comprovam isso, várias turmas desapareceram em consequência da emigração.

Em Rincão botes de pesca ficam em terra porque os pescadores emigraram.

Os preços dos bens da primeira necessidade aumentaram e não foram amortecidos com o aumento do poder de compra dos salários e o empobrecimento do povo é uma realidade nestes 10 anos de governação dos NOVOS MESSIAS.

Na SAÚDE restou aos cabo-verdianos fazerem o turismo de saúde em Senegal e Portugal, pois ao povo, foi acenado novamente a bandeira da propaganda enganosa da construção de um novo hospital, enquanto intermináveis lista de espera das consultas e exames continuam a aumentar.

Enfim, os assassínios económicos de Cabo Verde continuam a enganar os cabo-verdianos, amparado por uma comunicação social cada vez mais controlada e por uma comunidade internacional lincada a outros interesses que não o bem estar do povo de cabo verde.

Desenvolverei o mesmo assunto brevemente.