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O verdadeiro estado da nação
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O verdadeiro estado da nação

Nas próximas eleições autárquicas que se avizinham os eleitores têm a missão de dar um cartão amarelo ao Governo de Ulisses com a rejeição dos candidatos apoiados pelo seu partido, MpD, às autarquias municipais. Assim, em 2026, o caminho para a alternância política ao nível do poder central estará bem mais facilitado e Ulisses e seu partido serão removidos do Governo para a oposição.

O estado da nação se caracteriza por um caos social geral com várias classes profissionais manifestando seus descontentamentos perante os incumprimentos do governo de Ulisses Correia e Silva em matéria de acordos sindicais e reconhecimento e atendimento das pautas sindicais e profissionais.

1. Com efeito, após anúncios propagandísticos de que o Governo já tinha acertado com os sindicatos dos profissionais da saúde sobre as suas reivindicações e a quase certeza de que não haveria greve, eis que surge pela vóz do representante do Governo que esses mesmos senhores médicos, enfermeiros e pessoal administrativo vão paralisar os serviços por três dias (31/07 a 02/08)!

2. Se o país já estava doente e carente de emprego, segurança, agora se somará a desorganização no setor social vital que é a saúde com essa grave de três dias por incumprimentos do Governo de Ulisses.

3. Com essa greve dos profissionais de saúde várias consultas serão canceladas e outros tantos atendimentos não serão realizados.

4. A população ficará muito prejudicada com uma greve que ela não é culpada mas, infelizmente, será a sua principal vítima.

5. Toda greve causa transtornos e descontentamentos aos utentes dos serviços direta ou indiretamente afetados e os governos devem cumprir os acordados com os sindicatos e entidades de classe para evitarem a ocorrência das situações de rupturas.

6. O Governo de Ulisses já perdeu a confiança da população, do eleitorado, das entidades de classe e dos sindicatos por causa das suas promessas não cumpridas e cada vez lhe ficará mais caro negociar ou renegociar seja com quer que seja.

7. Esse mesmo Governo atendeu aos profissionais das finanças e do Banco Central com aumentos salariais espetaculares, organiza fóruns e encontros milionários em Dubai, Paris, Sal, Boavista para empresários e políticos e “tem dinheiro que nunca mais acaba” para fazer viagens ao exterior tantas vezes quantas quiser com ajudas de custo mas se recusa a atender às reivindicações das pautas sindicais.

8. Quando confrontado perante as incoerências da sua administração relativas às prioridades nos gastos públicos, por exemplo, com a montagem do governo mais gordo da história do país com quase 30 membros num país reconhecidamente pobre e possuidor de parcos recursos económicos e financeiros e muito dependente de programas de ajudas externas, o Primeiro Ministro Ulisses já nos acostumou com as desculpas de sucessão de maus anos agrícolas, surgimento da Covid-19 e as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio como supostas justificativas para a incompetência de seu governo em resolver problemas básicos e prementes da população como o acesso a alimentos, a água, saneamento, ao emprego digno, segurança e bem-estar.

9. Os indicadores sociais degradaram nos últimos tempos: aumentou os índices de desigualdade económica e social, ou seja, os pobres ficaram mais pobres e os ricos ficaram mais ricos; a quantidade de pobres aumentou; a taxa de desemprego estrutural se manteve nos mesmos patamares dos períodos anteriores; a taxa de violência e de criminalidade permanecem elevados; ocorre uma fuga desenfreada da população jovem para o exterior; despencou nos rankings de liberdade de imprensa e liberdade de expressão.

10. O Governo de Ulisses já dá sinais de cansaço no seu segundo mandato e os dados do afrobaromenter junto da população eleitora já apontam que cerca de 60% do eleitorado entende que o seu executivo caminha em direção errada.

11. Ora, se Ulisses conduz o país na direção errada isso constitui um problema sério para o país por que poderá literalmente “quebrar” o nosso frágil país e para se evitar esse desastre o povo tem a obrigação removê-lo do comando do país enquanto é tempo e pelos meios democraticamente estabelecidos que são as eleições.

12. Nas próximas eleições autárquicas que se avizinham os eleitores têm a missão de dar um cartão amarelo ao Governo de Ulisses com a rejeição dos candidatos apoiados pelo seu partido, MpD, às autarquias municipais.

Assim, em 2026, o caminho para a alternância política ao nível do poder central estará bem mais facilitado e Ulisses e seu partido serão removidos do Governo para a oposição.

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