As "competências" do Abraão são fakes. Foquemos nos tesouros perdidos de Cabo Verde. Ao agora candidato do MpD à Câmara Municipal da Praia, vendido ao eleitorado como um imaculado produto de competência, não ficaria mal esclarecer os cabo-verdianos sobre algumas questões: 1. Por qual razão o roubo foi mantido em segredo; 2. Quanto renderam os leilões do património arqueológico subaquático de Cabo Verde? 3. Quanto já rendeu o leilão das peças do "Princess Louisa", que continuam a ser vendidas on-line?É evidente que Abraão Vicente vai continuar em silêncio, porque há coisas cujas respostas enterram ainda mais o inquirido…
Nem é preciso fazer um grande esforço para se perceber que o mito da “competência” de Abraão Vicente cai por terra logo ao primeiro olhar da sua prestação enquanto ministro da Cultura.
E os factos confirmam tratar-se de uma imagem construída pelo marketing, sem qualquer baseamento real, procurando apresentar uma mera figura de tik tok como um produto político confiável. Uma absoluta enganação!
Para não nos alongarmos muito, centremo-nos no património, onde as omissões do atual candidato do MpD à Câmara municipal da Praia são mais evidentes. Centremo-nos, por hoje, no roubo de peças de incalculável valor no Museu de Arqueologia da Praia e na misteriosa venda de peças do navio "Princess Louisa".
Peças de valor incalculável guardadas num barracão sem segurança
Recordamos aos mais distraídos: corria o mês de agosto de 2017 quando, dia 07, o Museu de Arqueologia da Praia foi assaltado e levadas peças de um valor não contabilizável, tal a sua importância histórico-patrimonial.
As peças de valor incalculável, da exploração subaquática e provenientes de embarcações naufragadas, estavam guardadas num barracão sem qualquer segurança, refira-se: durante o consolado de Abraão como ministro da Cultura. Até hoje não existe qualquer informação sobre as diligências adotadas para as recuperar.
No entanto, no passado ano, questionado sobre a investigação, Abraão respondeu de forma deselegante e arrogante, expondo a sua verdadeira natureza: “A mi ki teni di rispondi pa poliçia?” e “Um assaltante ta assalta um museu (..) ê mi ki ten di flau a ki ponto sta?!”
É evidente que qualquer ministro da Cultura, responsável e competente, deveria ser o primeiro interessado no rumo das investigações. Mas esse não é o caso de Abraão!
A misteriosa venda de peças do "Princess Louisa"
Abraão, tido como “competente” e opção credível para a Câmara Municipal da Praia, também não diz nada sobre a venda online de peças do navio "Princess Louisa, uma embarcação do século XVIII ao serviço da Companhia das Índias Orientais, naufragada, em 18 de abril de 1743, a pouca distância dos recifes da ilha do Maio.
Com 116 pessoas a bordo, terão sobrevivido apenas 42 tripulantes que nadaram até à costa da ilha. Mas o navio transportava, ainda, um valioso tesouro guardado em 20 baús repletos de moedas de prata espanhola, para além de moedas de ouro e peças de marfim.
Dois séculos após o naufrágio, no final dos anos 90, o tesouro do “Princess Louisa” foi estimado entre 9.750.000 e 16.000.000 dólares norte-americanos.
O comprometedor silêncio de Abraão
Sempre que questionado, Abraão remete-se ao silêncio ou dá respostas disparatadas e arrogantes.
Mas, ao agora candidato do MpD à Câmara Municipal da Praia, vendido ao eleitorado como um imaculado produto de competência, não ficaria mal esclarecer os cabo-verdianos sobre algumas questões: 1. Por qual razão o roubo foi mantido em segredo; 2. Quanto renderam os leilões do património arqueológico subaquático de Cabo Verde? 3. Quanto já rendeu o leilão das peças do "Princess Louisa", que continuam a ser vendidas on-line?
É evidente que Abraão Vicente vai continuar em silêncio, porque há coisas cujas respostas enterram ainda mais o inquirido…
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