Colunista

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Uma palavra de manifestação de apoio à família do jovem Djony, falecido no dia 31\07\2022, no Hospital de São Filipe, depois de ser evacuado de bote para a ilha do Fogo; que tenham força e coragem para suportar tamanha perda, perder um filho jovem, por incúria do Estado de Cabo Verde, mal gerido pelos sucessivos governos;

Este é um Estado gerido na base da propaganda enganosa, que usa das fraquezas económicas deste povo, para embriaga-lo com medidas de curto prazo, pois só em festivais com o dinheiro público nestes últimos anos, estima-se que meio milhão de contos foram gastos, valor que daria para comprar cinco helicópteros para evacuação dos doentes.

Ainda uma palavra à Diretora do HRSFA, Dra. Liziana Barros, em resposta ao comunicado de imprensa, de 4 de agosto de 2022:

 a)    A primeira constatação é que, em momento algum, fez menção às condições de transporte do doente e, com isso, enquanto profissional de saúde, violou o juramento de Hipócrates, ao tentar esconder uma variável importante da equação da morte do rapaz;

b)    Causa mortis – leucemia – face a erros sistemáticos de diagnósticos médicos em Cabo Verde, só a segunda opinião médica independente pode confirmar, pelo que está em aberto a causa da morte do rapaz, Djony;

c)     Último corolário do comunicado de imprensa da Diretora do HRSFA, Dra. Liziana Barros, sendo ela, uma funcionária do Estado na condição de chefia, sabendo como as pessoas são nomeadas ao cargo de chefia por este Governo, a mensagem do comunicado não é isenta, é parcial, pois tenta omitir a questão da evacuação dos doentes da Ilha Brava, portanto defende o Governo em nome do cargo que ocupa, violando a ética profissional a troco da permanência no cargo de diretora do Hospital de São Filipe - Fogo!

d)    Enfim, qualquer cidadão que tenha feito uma viagem de barco no percurso Brava – Fogo, sabe as condições da viagem desse mar tenebroso e, estando de saúde normal, chega à ilha do Fogo exausto, fatigado e cansado. Imagine, agora, evacuar um doente de bote neste mesmo percurso, o doente evacuado chega ao Fogo meio morto, Sra. Dra. Liziana Barros e não haverá argumentos que contrariam esta hipótese!

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Este homem que hoje exerce as funções de Primeiro-ministro, Dr. Ulisses Correia e Silva, enquanto governante municipal da cidade da Praia, esbanjou o valor de 1.200.000.000$00 no Mercado Coco e quais as consequências deste desperdício do dinheiro público:

a)     1.200.000.000$00 daria para comprar 10 helicópteros apetrechados com todos os equipamentos de evacuação dos doentes;

b)     Este avultado investimento público está a vista de todos a degradar-se sem um fim à vista e este homem, Dr. Ulisses Correia e Silva, dado à fragilidade do estado de direito em Cabo Verde (consulte a CRCV Artigo 135º, numero dois, alínea f) vem assobiando para o lado, como se não tivesse responsabilidade nesta avultada perda do dinheiro público que são 1.200.000.000$00 investidos no Mercado de Coco;

c)     Num estado de direito a sério, o artigo 135º, número dois, alínea f) da CRCV seria derrogado e, este homem, o Primeiro-ministro, Dr. Ulisses Correia e Silva, seria chamado pelo Procurador-geral da Republica para:

                                                              i.      Prestar as contas sobre a derrapagem de um investimento público inicial previsto em 300.000.000$00 ter atingido o valor astronómico de 1.200.000.000$00 e, mesmo assim, não estar concluído;

                                                            ii.      Porque violou o estudo técnico do terreno que desaconselhava a construção dessa infraestrutura no local, o que está por detrás desta decisão de violar este estudo técnico;

Sr. Primeiro-ministro, Dr. Dr. Ulisses Correia e Silva, este jovem que recentemente perdeu a vida no Hospital de São Filipe – Fogo, depois de ter sido evacuado da Ilha Brava, usando um bote como meio de transporte, conhecendo a violência do mar Brava – Fogo, o Governo liderado por si, tem responsabilidades políticas neste desfecho trágico, diante das sucessivas promessas não cumpridas feitas aos Bravenses.

Mas, mais do que isso, devo lembra-lo o esbanjamento de 1.200.000.000$00 do dinheiro público investidos, por si, enquanto governante municipal da Praia, no Mercado de Coco, um elefante branco, que, pensando a nível do Estado, daria para comprar 10 Helicópteros devidamente apetrechados para evacuação dos doentes, fato que salvaria muitas vidas.

Assim, direta ou indiretamente, as vidas que vão se perdendo por causa das dificuldades da evacuação dos doentes, tem a mão invisível deste Governo maquiavélico, liderado por si, que aproveita da fraqueza económica do homem cabo-verdiano e através de um marketing político enganoso, faz de conta que governa em nome de todos!

Praia, 7 de agosto de 20 22

Amândio Barbosa Vicente