Quando tudo parece obscuro e complexo, quando as dores nos antecipam como nuvens negras, abeirando os nossos altares sagrados. Momentos sombrios que parecem não desapegar. Uma fobia que desafia o âmago do ser, um ser para viver livre e completo. Uma completude plena, sem nos sucumbir nas entrelinhas caóticas. Vozes que intensificam como peças intocáveis. Uma atitude sem sintonia, uma liberdade que inquieta, uma ânsia que embriaga como uma melodia antagônica. Em busca de uma liberdade livre, rompendo cadeias, num descompasso com nuance de tédio, gélido e pálido. Uma liberdade que encanta uma alma deprimente, um grito de socorro no cerne da consciência consciente, sem se perder nas perdas do passado longínquo e nas feridas cicatrizadas. Atitudes que aprisionam, fechando os ciclos que antes a liberdade livre desabrochou, e agora não mais alegria com canto de melodias, amor que solidifica e a esperança que encanta. Uma liberdade condicionada por fatores ambíguos, numa amplitude controverso, sem nexos ortodoxos, numa vivência puramente paralisante.
Que liberdade que tanto se almeja, numa busca incessante, quanto mais procura menos sentido faz para um ser sem razão fundamental. Uma autêntica manipulação de sentido com ar de velocidade impaciente, sem saber que a incógnita perplexidade ainda se mantém implacável. Uma liberdade de atitude que emana da própria liberdade de ser, sem viver numa cláusura pessoal, íntima, numa rejeição constante, uma prisão emocional.
Nada mais do que um sentimento de impotência quando se quer olhar sem medo dos julgamentos patológicos, de vozes pre-concebidas. Um anseio de superação, mas que se suprime num argumento fechado e circulatório. Quando me encontrei numa paz segura, num ambiente sem nó, nada que fosse secundário e nem fugas, então a liberdade de atitude numa óptica concreta se baixou, fez-se o seu reinado e assumiu o trono do ser.
Comentários