O presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, disse à Inforpress que já começou a revolução no saneamento na capital cabo-verdiana, com novas planificações e um diagnóstico concreto em relação à situação.
“A revolução no saneamento na Praia já começou. Temos novas planificações. Em primeiro lugar, o mais importante de tudo, nós temos um diagnóstico concreto em relação à situação. Há aqueles detalhes, por exemplo, quando nós ficamos a saber quem é o condutor e em que dia que abandonou a rota que deveria seguir para a recolha de lixo”, disse.
Neste momento, acrescentou, a equipa camarária tem informações de supervisores, precisamente a comunicarem o facto de haver condutores a abandonarem rotas de recolha de lixo, suspendendo o trabalho a meio do percurso, por exemplo.
“Fazem o percurso até às 08:45, quando deveriam sair às 11:00 da noite. Quando isso acontece é claro que há contentores que deveriam ser recolhidos naquele período ficam ali abarrotados de lixo”, sublinhou.
Entretanto, reafirmou Francisco Carvalho, já há um diagnóstico “aprofundado ao detalhe”, onde a câmara já sabe o que está a acontecer, pessoas identificadas e previsões para aquisições de camiões e contentores, num primeiro momento, para num segundo momento, ou em paralelo, desenvolver uma campanha de sensibilização.
“Há aqui uma dimensão que tem a ver com a mentalidade das pessoas, mas nós não devemos atacar primeiro a questão da mentalidade, até porque os resultados são mais lentos. Então vamos enfrentar logo à partida a questão dos contentores, dos camiões e das rotas”, disse.
Francisco Carvalho afirmou ainda ser importante um desenho a longo prazo que a sua equipa está a fazer.
“É um desenho onde nós passaremos a ter uma câmara municipal empoderada para fazer gestão a nível do saneamento e não uma gestão onde teríamos de estar permanentemente a recorrer a intervenções pontuais, não pode ser”, continuou.
Pela demanda que a capital do País tem, entende Francisco Carvalho que deve haver uma “resposta estruturada” e não depender de intervenções pontuais, como tem acontecido neste momento “porque há essa necessidade de reestruturação a nível dos equipamentos, logo a cabeça, o número de camiões e o número de contentores”.
“Ainda ninguém foi suspenso. Não há um único condutor suspenso”, respondeu Francisco Carvalho quando questionado se algum condutor chegou a ser suspenso.
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