Ambiente

O tema escolhido gira à volta do “clima e segurança alimentar no mundo rural” e deve-se ao facto das zonas rurais dependerem “fortemente” da agro-pecuária e de recursos naturais para sustento e sobrevivência, o que lhes torna particularmente vulneráveis aos impactos climáticos.

Para o presidente da Associação Ka Djidja (Casa Djidja, em português), Pedro Matos, a ideia do fórum de desenvolvimento local é inverter um pouco a lógica em que o decisor é convidado a ouvir a comunidade.

“O processo de escuta para a política é fundamental porque permite a inovação. Ao ouvir consegue-se agir de forma equilibrada e mapear a sua resposta de forma estratégica”, afirmou Pedro Matos.

Segundo o mesmo, ao ouvir a comunidade o decisor acaba por estabelecer um conjunto de estratégias e parcerias porque a comunidade não quer que seja vista apenas como vítima das alterações climáticas, mas como um parceiro capaz de identificar propostas e soluções para as alterações climáticas.

O presidente da Associação Ka Djidja apontou que a COP27, em Sharm el-Sheikh, no Egipto, deixou claro que as apostas tecnológicas não são suficientes para combater as alterações climáticas e que é preciso investir em soluções baseadas na natureza e os agricultores e criadores tem um conjunto de práticas e conhecimentos tradicionais “muito importantes”, mas que devem ser promovidos e mapeados como uma das contribuições das comunidades locais para as alterações climáticas.

O fórum vai ser um espaço para discutir e identificar os desafios e os problemas que essas pessoas enfrentam.

Com Inforpress