O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou este domingo, 13, um programa de emergência para fazer face aos muitos estragados provocados pelas fortes chuvas que caíram nos últimos dias no arquipélago, com mais estragados na cidade da Praia.
O chefe do Governo fez o anúncio numa mensagem publicada ao final da tarde de domingo, após visitar vários bairros da cidade da Praia mais atingidos pelas fortes chuvas que caem desde a madrugada de sábado.
Ulisses Correia e Silva garantiu que o Governo está empenhado para, em conjunto com a Câmara Municipal da Praia, dar a “devida resposta à situação difícil” que encontrou em bairros como Achada Mato, Jamaica, São Paulo ou Fonton.
“Depois de reunir o Gabinete de Crise, temos as informações necessárias para pôr de pé um programa de emergência, que, em primeiro lugar, visa desobstruir as vias, fazer as limpezas e reconstruir as infraestruturas que foram atingidas, particularmente os muros e outras. A prioridade absoluta é proteger as pessoas e os seus bens”, afirmou.
Sem avançar custos prováveis, o chefe do Governo disse que o programa vai ainda no sentido de realizar intervenção para colocar a cidade capital do país “na retoma da sua normalidade”.
“E só depois, intervenções mais estruturantes que vão exigir mais tempo de preparação para compor um bom programa com a mobilização de recursos, quer através do Orçamento do Estado quer através dos nossos parceiros”, completou.
Depois disso tudo, o primeiro-ministro anunciou “programas muito mais estruturantes” que visam tornar a cidade mais resiliente para fazer face a situações de chuvas e de inundações como a que está a viver neste momento.
Segundo o presidente do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros, Renaldo Rodrigues, numa das enxurradas morreu um bebé de seis meses, que se encontrava em casa com a mãe e um irmão.
Desde a madrugada de sábado que chove em praticamente todas as ilhas, com mais intensidade na cidade da Praia, provocando a morte da criança, várias inundações, desmoronamentos e destruição de viaturas e edifícios.
O arquipélago está sob a influência de uma onda tropical que poderá transformar-se em depressão tropical, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG).
As previsões apontam que a onda tropical atinja o país até esta segunda-feira, estando associada a uma larga área de convecção produzindo aguaceiros e trovoada.
O instituto adiantou que o sistema está localizado junto à costa da Guiné Bissau, desloca-se com uma velocidade de 30 km/h e tem cerca de 70% de probabilidade de se transformar em uma depressão tropical.
“Durante a sua passagem condicionará o estado do tempo nas ilhas”, referiu o INMG, que prevê ainda chuvas de intensidade variável e possibilidade de trovoadas, intensificação do vento e agravamento significativo do estado do mar.
Depois de três anos consecutivos de seca, com chuvas irregulares e insuficientes, desde meados de julho que a chuva voltou a cair com alguma frequência em algumas ilhas do arquipélago.
Com Lusa
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