Samuel da Costa, pároco da Igreja de Achada São Filipe, Praia, foi encontrado esta manhã amarrado e abandonado nas imediações de Trindade. A sua viatura está desaparecida e a polícia já montou uma enorme operação de caça aos suspeitos.
Nem a Polícia, nem a Diocese querem avançar mais dados sobre este caso, mas sabe Santiago Magazine que se tratou, de facto, de assalto com recurso a sequestro. O jovem padre Samuel da Costa, de 31 anos, saía de uma reunião no Seminário São José, na Praia, por volta das 21 horas de ontem, sexta-feira, quando foi surpreendido, à porta do Seminário, por bandidos que o apontaram uma arma de fogo à cabeça.
Os assaltantes o imobilizaram e o obrigaram a movimentar dinheiro no seu cartão Vinti4. Ainda sob ameaça, o jovem sacerdote natural de Santa Catarina, foi coagido a permanecer dentro do carro, enquanto os assaltantes, andavam com a viatura pela cidade durante mais de quatro horas seguidas (pelo menos até às duas da manhã) supostamente para efectuarem novo levantamento de dinheiro com o cartão Vint4 do padre.
De seguida, segundo fontes de Santiago Magazine, o sacerdote terá sido amarrado e levado na sua própria viatura até à depois de São Martinho, já na zona de Trindade, onde o deixaram atado com corda e abandonado. Algumas fontes apontam que terá sido o próprio sacerdote que, esforçando-se sozinho, conseguiu soltar as amarras e ir pedir socorro nas primeiras casas de Trindade, mas consta, por outro lado, que foram os moradores a encontrá-lo atado e imobilizado. Accionada, a Polícia Nacional foi buscar o padre esta manhã de sábado em Trindade de onde o levou para cuidados médicos no Hospital Agostinho Neto.
A vítima, ainda segundo as nossas fontes, não apresentou ferimentos graves, pelo que foi mandado para casa, em São Filipe, sua paróquia. Entretanto a viatura na qual o padre circulava, uma Toyota de cabine dupla, não foi encontrada ainda. Nem tão-pouco há pistas sobre os assaltantes. A Polícia Nacional tem no terreno desde manhã uma enorme operação para investigar o paradeiro do veículo e dos supostos assaltantes. Também no terreno estão a Brigada Anti-Crime (BAC), agentes à paisana e elementos da Polícia Judiciária.
Comentários