Sociedade

Em entrevista à Inforpress, a representante Brígida Morais disse que se sentiram sensibilizados com a situação de muitas famílias que perderam tudo devido às chuvas, e por isso decidiram lançar uma campanha de doações com o objectivo de recolher bens alimentares, vestuário, itens de higiene, água potável e outros produtos essenciais.

Desde esta terça-feira, 12, quando se lançou a campanha, avançou que o grupo tem conseguido mobilizar o apoio de associações, pessoas, empresas e outras organizações que se disponibilizaram para contribuir com diversos donativos.

O exemplo, são os colaboradores do Conselho da Magistratura Social, que segundo informou a assessoria de imprensa, comoveram-se com a iniciativa dos jovens e resolveram aderir à campanha, disponibilizando alimentos e outros produtos essenciais.

A meta, realçou Brígida Morais, é fazer o envio dos materiais ainda no final desta semana, através de transporte marítimo, já com apoio logístico garantido na ilha de São Vicente.

"Já temos gente que irá ajudar a retirar tudo o que aqui iremos enviar. Um ou dois elementos do nosso grupo deverá ir para São Vicente neste fim de semana, para poder ajudar", explicou, ressaltando que contam ainda com o apoio de entidades locais em São Vicente.

O grupo pretende, juntamente com as organizações da sociedade civil, identificar as famílias afectadas e garantir uma distribuição justa e eficaz dos donativos arrecadados.

Na cidade da Praia, os pontos de recolhas estão distribuídos em diversas zonas como em Achada Santo António, Palmarejo, Fazenda e Cidadela.

Brígida Morais saudou a resposta positiva da população, tanto no país como na diáspora, expressando o sentimento de “gratificação” ao ver que o povo cabo-verdiano está a responder a esta tragédia.

“As outras campanhas que estou a ver e que estão a circular, quer no país, nas várias ilhas e fora, isto é muito positivo, somos um povo solidário, resiliente, isto é muito importante para a reconstrução da ilha e do bem-estar”, considerou.

A acção dos jovens é mais uma entre várias iniciativas que surgiram em todo o arquipélago e além-fronteiras, reflectindo o espírito de solidariedade que tem marcado a resposta nacional à catástrofe em São Vicente.

A tragédia resultou, até agora, em oito mortos, sendo sete pelas enxurradas e uma por eletrocução, estando ainda três desaparecidos e pelo menos 12 desalojados.