Em duas eleições autárquicas seguidas, Francisco Carvalho – no primeiro caso, contra a esmagadora maioria das previsões – infligiu duas derrotas históricas ao MpD. São factos! No mínimo, haveria que ter em conta o seu real peso político e perceber que não se trata de um pontual e passageiro fenómeno de popularidade entre as pessoas comuns – de facto, aquelas que decidem o resultado eleitoral.
Os “professores doutores” da política cabo-verdiana acordaram com azia. Francisco Carvalho, mais uma vez, afirmou-se como uma figura a ter em conta na nova correlação de forças do cenário político, ultrapassando obstáculos, enfrentando dificuldades com uma rara serenidade, num contexto em que os gritos e acusações pretendiam evitar o inevitável.
O agora líder do PAICV é a figura política mais relevante dos últimos anos, até por razão de ser aquele que tem amealhado mais inimigos de estimação, interna e externamente. E, à sua maneira, tem sitiado todos numa bolha de irrelevância e impotência.
Goste-se ou não de Francisco Carvalho, ele é um verdadeiro “animal político” e os ataques de que tem sido alvo apenas têm servido para o tornar maior. E, não, não se trata aqui de expressar uma manifestação de apoio, são factos!
Sem enveredar pelos caminhos da baixaria política, Francisco Carvalho foi colocando, um a um, os seus adversários “em sentido” e concitando um inegável apoio popular, colocando-o muito para além do seu próprio partido e ganhando umas eleições internas sem acusações de fraude ou descarregamento de votos, num processo democrático e transparente.
O novo líder do PAICV é o candidato escolhido pelos militantes para ser o rosto do partido em 2026, não é um produto de unanimismos aparelhísticos, antes pelo contrário.
Eu já o havia dito: as pessoas têm dificuldade em aprender com a história, por isso, não entendem que narrativas e argumentos que não deram certo no passado, dificilmente poderão ser eficazes no presente (e no futuro).
Em duas eleições autárquicas seguidas, Francisco Carvalho – no primeiro caso, contra a esmagadora maioria das previsões – infligiu duas derrotas históricas ao MpD. São factos! No mínimo, haveria que ter em conta o seu real peso político e perceber que não se trata de um pontual e passageiro fenómeno de popularidade entre as pessoas comuns – de facto, aquelas que decidem o resultado eleitoral.
E a história tem provado que, com narrativas e argumentos que deram errado no passado, os “professores doutores” da política cabo-verdiana correm o risco de se estatelarem ao comprido em 2026.
* Título da responsabilidade da redação.
** Artigo originalmente publicado pelo autor no Facebook.
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