Depois de os círculos mediáticos terem divulgado a imagem de um super man do desporto nacional, conhecido no seio do pugilismo, como David de Pina, com o seu triunfo nas Olimpíadas de Paris [2024], sentimo-nos também no direito [risos] de imprimir, junto dos nossos irmãos e não só, algumas considerações, relacionadas não só com as virtudes, mas também com os aspetos históricos inerentes ao percurso profissional desse grande pugilista. Trata-se de aspetos históricos alusivos à imagem de um simples, mas grande e ambicioso atleta [Boxeiro]. Estamos a falar, irmãos, de um grande talento desportivo que conhecemos, hoje, nessa tão importante arena desportiva internacional, pelo êxito conquistado, durante a mais recente e mediática competição, envolvendo, praticamente, quase todos os países do mundo.
Até porque, sabemos que mesmo uma simples participação nos jogos olímpicos, acaba por ter um impacto emocional muito forte, isto é, um sabor especial, quanto mais se tratando de um prémio especial, à semelhança do conquistado pelo Dr. David de Pina [o medalhista de Bronze]. Não se preocupem que vão saber, nas linhas seguintes, o porquê desse título de honra profissional. Com a conclusão do seu nível secundário, no ensino técnico de Santa Catarina de Santiago e mais concretamente, na Escola Técnica “Grand Duque Henri” [designação em homenagem ao Grand Ducado de Luxemburgo], em 2015, com menção de honra, o mesmo aventurou-se numa formação académica, a nível da UNICV [Universidade de Cabo Verde], tendo-se licenciado em Ciências do Desporto. Dizer que ele já se tinha engajado muito cedo no Boxe, conforme ficou espelhado, a nível mediático – facto que também já conhecia[mos].
Ele praticava essa modalidade desportiva em diferentes escolas de pugilismo, existentes a nível de Santiago Norte e Sul e, foram os ex-atletas Bernardino Moniz e Alex Varela [treinadores, sendo grandes pugilistas de suas épocas competitivas] que, a priori, o treinaram, verdadeiramente, ou seja, com mais expressão, numa escola de Boxe santa-cruzense – parte integrante de Associação Regional de Boxe Santiago Norte e, por sua vez, da Federação Cabo-verdiana de Boxe. Por conseguinte, esses Mestres integram, entre outras figuras nacionais do Boxe amador, o caderno [testemunho] histórico do percurso desse emblemático pugilista. Não. Não estamos à procura de protagonismo.
Estamos, sim, a viver a alegria de um feito [marco] histórico de um atleta com expressão internacional, visando, deste modo, contribuir para a [re]construção histórica. Trata-se, no nosso entendimento, de apenas um contributo inerente à elaboração de “factos históricos”, em torno do potencial desportivo desse jovem atleta, afeto a essa tão grandiosa e mediática arte marcial, cujos profissionais da modalidade entraram, há muito, para o mundo do “Show Business”. Quanto a mim [desculpem, falo na 1ª pessoa do singular, só para um aspeto introdutório], em Junho de 2014, fui convidado por um dos meus então treinadores de Boxe [o Dr. Flávio Furtado – na altura Presidente da Federação Cabo-verdiana de Boxe, doravante na sigla FCB] para o apoiar, na organização de competições desportivas, principalmente, a nível de Santiago Norte, tendo trabalhado na sua liderança, durante algum tempo.
Porém, como é evidente, isso tinha que passar pela eleição de uma figura representativa dessa organização desportiva, tendo, então, sido eleito Presidente dessa Associação Regional de Boxe, ou seja, de Associação Regional de Boxe Santiago Norte [doravante ARBOXESN], no mês de Julho. E foi através dessa associação regional desportiva que conheci esse atleta [David de Pina] – na altura menor de idade. Lembremo-nos o facto de ele ter vencido, graças à sua performance técnica, todos os combates realizados, a nível dessa região desportiva, mediante a sua categoria competitiva [isto é, o seu peso correspondente].
Esse efeito histórico terá motivado a nossa tomada de decisão, a favor da sua integração no campeonato nacional de Boxe que teria lugar, em São Vicente, nos meados de Agosto desse mesmo ano económico [2014]. Isto, como não podia deixar de ser, foi concretizado, graças aos apoios da Federação Cabo-verdiana de Boxe e Comité Olímpico Nacional, o que reconhecemos, aproveitando esta nobre oportunidade para reiterar os nossos sinceros agradecimentos. Não sabemos, se o aludido pugilista se lembra, mas foi uma oportunidade não só de conhecer esse palco competitivo, ou seja, a ilha de São Vicente, mas também, de fazer uma viagem via aérea, se calhar, pela primeira vez, na história da sua educação [crescimento] desportiva, de um modo geral [risos]. Sim. Que adolescente não gostaria de experimentar uma viagem diferente, recheada de adrenalina? A resposta é simples: Quase que nenhum! E nós estávamos a respirar de alivio e felicidade, ao fazermos todos os nossos participantes dessa competição desportiva [campeonato nacional de Boxe], realizarem seus sonhos. E estivemos ali, durante pouco mais de uma semana [9 dias], só para imaginarem a importância estratégica desse evento desportivo que acabamos, hoje, depois de 10 anos, por extrair um resultado simbólico, nessa competição de grande porte mundial [Olimpismo], com a exibição desse súper “Jovem” [Atleta]. E não o contamos [dissemos], com segundas intenções, ou seja, de má fé, mas sim, para servir de uma mera recordação de algo importante, atinente ao percurso profissional do mesmo, podendo, igualmente, servir de enriquecimento da sua capacidade comunicativa. Isso, finalmente, faz parte do âmbito histórico das coisas, sendo, mesmo, relevante para o arquivo pugilístico-competitivo nacional e, para o nosso cotidiano histórico, de um modo geral.
A ARBOXESN tinha conquistado o 2º lugar nessa competição desportiva, por causa de excelentes exibições dos nossos atletas, nessa teia competitiva nacional, com o David a ter constituído parte integrante desse nosso triunfo. Santiago Norte tinha conseguido, em números, uma vitória avassaladora, nessa competição. Isto, porque só tínhamos perdido para a Associação Regional de Boxe são-vicentina [igualmente uma grande organização desportiva nacional], uma vez que esta última tinha uma maior participação feminina e era isso que terá ditado a sua vitória, do cômputo geral. Para sermos gratos aos esforços e dedicação dos nossos atletas, mormente do ponto de vista histórico, diríamos que por coincidência ou não, os Drs. David de Pina e Flávio Furtado são os “Primeiros Homens” [risos] que entraram para a história do desporto nacional, com o Flávio a ser o primeiro a se qualificar para os jogos olímpicos [lembremos os jogos olímpicos de Atena [de 2004] e o David ˗ o 1º medalhista olímpico, como já dito, na história de Cabo Verde. Se quiserem, a título informativo, o Dr. Flávio Furtado é visto como sendo um dos melhores fisioterapeutas do setor sanitário nacional, tendo já melhorado a sua capacidade de intervenção profissional, com a conclusão de um Mestrado [integrado] em Medicina, pela UNICV, mediante a parceria com a universidade de Coimbra [Co-tutela], onde passou uma grande parte do seu percurso académico, no âmbito da frequência da respetiva formação académica. Para dizer, nesta mesma linha, que o atual Homem Grande da FCB [ou seja, o Presidente] é um Advogado [ex-emigrante] com carteira internacional de prestação de serviços. Estamos a falar do Dr. Manuel Monteiro, a quem auguramos votos de muita saúde, sucesso e felicidade.
Retomando os termos norteadores do surgimento deste texto, em viva homenagem ao pugilista David de Pina, bem como a toda a comunidade de Boxe e das artes marciais, de um modo geral, gostaríamos de sublinhar que, São Vicente não pode sair da nossa memória, porque essa ilha foi o palco de um outro sonho conquistado, mais tarde, pela ARBOXESN, tendo, então a ver com a nossa participação, numa competição internacional, que teria lugar em Portugal. É a tal “Outurela intercontinental Cup II [a 2ª Copa internacional de Outurela]”, ocorrida em Novembro de 2014, onde participaram um total de 10 países estrangeiros.
Porém, torna-se importante observar que a rede social Facebook terá contribuído, enormemente para a concretização desse sonho, uma vez que, com a criação da página ARBOXESN, graças ao apoio técnico do ilustre informático Evandro Moreno [funcionário da Câmara Municipal de São Lourenço dos Órgãos], recebemos, primeiro, um pedido de amizade e posteriormente, mediante diálogos interativos, o anúncio e convite sobre esse evento desportivo que seria realizado em solo português. Uhauuu! Foi assim que, com a conclusão do campeonato regional na aludida ilha, reuni[mos] os nossos atletas, num café sito nas imediações da praça do Mindelo, informando-lhes sobre esse convite que, obviamente, não passava de um sonho.
Tivemos que acreditar, em prol da internacionalização da nossa organização desportiva, tendo sido possível. Mas como? Primeiro, tínhamos que tratar dos termos protocolares dessa questão, tendo a ver com o exercício de uma abordagem específica, junto do representante da OUTORELA ESCOLA DE BOXE, em termos de conteúdo documental, no âmbito da formulação do pedido de visto, a favor de uma delegação muito expressiva, envolvendo um total de 15 ou 16 elementos [de entre os pugilistas, técnicos e dirigentes], seguida do tratamento, voltado para a componente logística, relacionada, sobretudo com passagens aéreas. E como sabemos, no desporto, nem sempre é fácil conseguir financiamento, mediante pressão do tempo, sobretudo, a nível de artes marciais, como o Boxe.
A nossa sorte foi o facto de termos, então, encontrado uma agência de viagem que nos garantiu a impressão de quase um milhão de escudos, em bilhetes de passagem, para o total dessa delegação, embora mediante o compromisso do seu pagamento, nos próximos 15 dias. Como não queríamos dececionar os nossos atletas, tínhamos que arriscar nessa aventura competitiva além-fronteira. E num sábado à tarde, depois de 4h de viagens nesse emblemático 1º de Novembro, a partir das 14h de CV, chegamos a Portugal, para pisarmos esse ring internacional de Outurela [região de Lisboa], por volta das 21h da noite e, sob o compromisso do nosso regresso, numa segunda feira 3. Era um sonho realizado e promessa cumprida, face à garantia dada, junto da embaixada de Portugal em Cabo Verde, relativamente ao regresso efetivo dos elementos integrantes dessa delegação desportiva que tivemos o privilégio de constituir, nessa aventura [missão] desportiva internacional.
A grande alegria foi o facto de termos começado muito bem, nessa competição, com vitória, logo nos 2 primeiros combates, com os menores “Tátá” e “David” a erguerem a bandeira nacional. Alguns perderam, mas conseguimos triunfar em 4 ou 5 do tal das 9 categorias disputadas, nessa mesma noite de 1º de Novembro. E durante esses exercícios [combates], era percebido ecos de reações da parte dos organizadores desse evento – “de onde é que surgiram esses miúdos [caras] tão técnicos?”. Bem, o Dr. Flávio Furtado [ex-pugilista e treinador que surgiu de escolas de Boxe cubanas] pode confirmar a veracidade dessa informação! Neste sentido, entendemos importante ressaltar o facto de que, nesse palco competitivo, esteve presente uma disputa, se calhar de um prémio milionário, de 2 pugilistas do mundo profissional de Boxe: António Bento [Português] e Juciel Nascimento [Brasileiro], assim como a presença de alguns representantes do Boxe profissional, incluindo ex- pugilistas do mercado profissional dessa modalidade desportiva que ficaram, por sua vez, muito entusiasmados e impressionados, com a performance técnico-qualitativa de Cabo Verde. Isto, para dizermos que, a nossa performance competitiva atraiu a atenção de muitos telespetadores e dirigentes, ali, presentes.
Foi uma oportunidade de partilharmos a cerca do nosso país, das artes marciais existentes, assim como de trocarmos impressões sobre a nossa realidade e ambição desportiva nacional. A título informativo, só para terem uma ideia do que deixamos nesse palco desportivo internacional, em 2016, ou seja, 2 anos mais tarde, teríamos recebido um telefonema de um cientista português que participava dessa competição, enquanto representante de uma das organizações desportivas – o Consultor Internacional Prof. Paulo Godinho, solicitando a nossa participação, num grande evento desportivo que teria lugar na cidade de Porto [se não me engano], mediante a garantia de 4 bilhetes de passagem. Mas, como nesse momento, eu me encontrava em França, numa missão académica, tinha-lhe prometido que ia encetar os contactos necessários, nesse sentido. Mas, apesar de diligências empreendidas, face ao aproveitamento dessa oportunidade, dessa vez não foi possível garantir a nossa participação. Isto porque, Cabo Verde não tinha tempo suficiente, em termos de organização logística, já que tínhamos que requerer o visto de entrada em território português, à semelhança dos termos preparativos do anterior evento desportivo, ocorrido em Novembro de 2014.
Para terminar, não podemos deixar de precisar que David de Pina, que também já representou Cabo Verde em palcos competitivos africanos, teve um percurso invejável, em torno do pugilismo nacional, antes dos jogos olímpicos de Paris, como já fizemos referência. Isto, graças ao seu engajamento amoroso nessa arte marcial, tendo sido possível, como é óbvio, com a entrega e dedicação dos nossos técnicos [treinadores e dirigentes desportivos], mediante o apoio incondicional de entidades ligadas ao desporto no país, nomeadamente, a FCB, a COICV [Comité Olímpico de Cabo Verde], entre outros parceiros, o que reconhecemos. E neste sentido, também estendemos os nossos agradecimentos às câmaras municipais, à própria sociedade civil, por toda espécie de apoio concedido [mural, monetário e/ou logístico], no quadro do desenvolvimento dessa grande modalidade desportiva.
Nesta oportunidade ímpar, aproveitamos para apresentarmos um agradecimento especial, junto da agência de viagens “Destinos Tour, Lda” que então contribuiu, enormemente, para a concretização dessa nossa aventura desportiva internacional, pelos gestos solidários de seus proprietários. Estamos a falar, deveras, de uma contribuição especial, no sentido da projeção da imagem do pugilismo, pela oportunidade da [re]conquista de um lugar privilegiado, na esfera histórico-competitiva [inter] nacional. Todavia, isto não seria possível, irmãos, não fosse o convite formulado pela OUTURELA ESCOLA DE BOXE, na pessoa do Mestre António Ramalho, ao qual continuamos sendo muito gratos, sobretudo por esse prestigiado acolhimento que, então serviu de trampolim [apoio] à nossa internacionalização, com benefícios claros para os nossos pugilistas e para Cabo Verde, de um modo geral.
Ao atleta em questão, assim como a outros Boxeiros e atletas dos mais variados géneros [modalidades] desportivos, almejamos votos de sucesso! David, particularmente, que seja mais ambicioso, devendo o sonho milionário estar à vista [risos]. Sim. Isto significa que já deves pensar na tentativa de conquista de uma oportunidade em termos do teu engajamento, no mundo [mercado] profissional de artes marciais. Quer seja a nível do pugilismo ou do MMA [artes marciais mistas, dos mundos UFC e/ou PFL]. Mais fácil, seria no Boxe, obviamente. És muito talentoso, com grande potencial declarado! O mais importante é ter ambição de conquista de contrato(s) milionários, a começar pelo básico, como é evidente. Já não és qualquer um, irmão, como deixou transparecer o teu atual técnico, por outras palavras! E nesta ótica, não podíamos deixar de manifestar a nossa gratidão, a favor do Mestre Bruno Carvalho, por esses efeitos triunfantes. Bem, para fecharmos mesmo, nós defenderíamos a necessidade da criação de um fundo soberano de investimento, com vocação exclusiva do desporto, consistindo na garantia de injeção de, pelo menos, 5% do OE [Orçamento do Estado] e durante 10 anos, período depois do qual esse fundo passaria a ter um orçamento definido, com base nos desafios, assentes nos planos de atividades anuais.
Essa ação estratégica poderia, a médio ou longo prazo, traduzir numa maior expressão, em matéria de institucionalização [atribuição] de prémios mais atrativos para os nossos atletas. Nossa modesta opinião! Isso não passa de uma mera sugestão das coisas, numa perspetiva de participação democrática, a nível de tomada de decisões. E, seria uma oportunidade de dar uma atenção redobrada ao desporto nacional e às artes marciais, particularmente, mediante investimentos chaves, com reflexos em trono de promoções de competições desportivas de alto valor acrescentado [ou seja, de mais alto nível, possível]. Não se preocupem, que temos bastantes experiências nesse domínio, com poucos fundos que soubemos angariar, do ponto de vista monetário. Lembrem-se da exibição de combates profissionais de artes marciais que tivemos cá no país, há alguns anos atrás, por iniciativa da FCB, na pessoa do seu então presidente Dr. Flávio Furtado [luta entre os pugilistas Marroquino e Congolês], assim como a exposição de um combate profissional de MMA, sob a iniciativa do Mestre Lindo Barros, ocorrida também numa noite de grandes eventos desportivos da capital, mediante exibição de excelentes combates no octógono [cage], com a participação dos nossos atletas que tiveram uma preparação prévia para a disputa desse género desportivo. Já tínhamos falado sobre o impacto económico de eventos do género. Cabo Verde poderá ser uma grande atração nessa sub-região africana [isto é, sobretudo a nível da CEDEAO a que pertence], mediante conjugação de certos esforços em matéria de investimento.
Estamos a falar, neste caso particular, de investimentos voltados para o setor desportivo. Nós podemos propor, atrás, a criação de um fundo soberano com valências, exclusivamente, desportivas. Isto poderá servir para a garantia de [semi]profissionalização não só do Boxe, mas também de artes marciais mistas, ao nosso modus operandi [à nossa maneira] e com recursos que teremos à disposição. Falando do pugilismo, particularmente, nós defendemos, numa primeira fase, a exibição de lutas de 6 rounds [sem T-Shirts], entre pugilistas de grande performance técnico-qualitativa, sob a garantia de um prémio monetário de 5.000 Euros ou mesmo até 1.000,000 [1 Milhão de] escudos ou mais [para o começo], sendo a 3ª parte desse valor, para o adversário [derrotado] da noite, dependendo da natureza do contrato celebrado entre as partes. Até porque no mundo de desportos individuais de combate, há contratos em que o maior beneficiário pode ser um eventual derrotado. Valores esses que poderão, até, aumentar para valores mais atrativos, por via não só de ação de marketing desportivo, mas também de publicidade, à semelhança do que acontecem em mercados desportivos profissionais, nomeadamente, nos Estados Unidos da América, Inglaterra, Franca e/ou mesmo na Alemanha e no Japão e hoje, no Médio Oriente. Tudo isso, respeitando os termos do regulamento da AIBA [Associação Internacional de Boxe Amador] que tem falado muito na possibilidade de profissionalização do pugilismo. Nós devemos avançar, evitando estarmos a cruzar os braços, eternamente. Vamos fazer despertar atenção ao mundo do desporto e do pugilismo, em particular, ciente da necessidade de evitar ameaças de punição. Sim.
O que estamos a propor, irmãos, é algo para valer mesmo. O melhor termo, seria o desenvolvimento. Nós gostaríamos de ter uma ampla gama de competições desportivas, em solo nacional, visando não só consolidar o desporto nacional, mas também engrandecer este nobre país, mediante a atração de potenciais turistas da África Ocidental e de toda a África Subsaariana, de um modo geral, assim como da região do Magreb e de todo o Médio Oriente, de um modo geral, com a impressão dessa eventual cultura desportiva de excelência. Não vamos em exagero, mas com isso, estaríamos a procurar nos definir como um país desenvolvido. Se não, vejamos. Se as coisas forem desenvolvidas do jeito que iremos planificar, teremos cadeias de hotéis esgotadas, com oportunidade de conseguirmos atrair grandes investimentos para o setor turístico, com consequências para a criação de mais empregos e rendimento para as famílias. Eventos afetos às artes marciais [Boxing and MMA fighting] equivalem as belezas femininas.
O homem segue o cheiro! [risos]. Atenção! Tem que ser combates com uma grande performance organizativa. E é isso que queremos para Cabo Verde. Trilhar o caminho do seu desenvolvimento, com algos inéditos e diferentes. Sermos diferentes para melhor! E mais do que isso, vamos atrair a presença de grandes magnatas do mundo de negócios que poderão não só procurar formas de estudar o mercado nacional para o desenvolvimento de eventuais investimentos, mas também para conquistar a simpatia das nossas belezas femininas, podendo namorar, casar ou fazer família, mediante a possibilidade de investimentos em setores modernos de desenvolvimento. O contrário é possível também [risos]. Os nossos irmãos podem também aventurar-se além-fronteiras, numa oportunidade em termos de conhecimento de turistas estrangeiras, munidas de interesses em conquistar o coração atlântico. Quem não gostaria de experimentar ou desfrutar de algo diferente? [risos]. Nada de assédio, irmãos.
O respeito [para com as mulheres] é importante, sendo mesmo condição fundamental de desenvolvimento que estamos, cegamente, a procurar, com estas narrativas de desenvolvimento. Porém, perguntemos [por curiosidade]:Teremos que deixar de revelarmos para alguém que admiramos, mesmo num quadro de amizade e confiança, por causa da filosofia predominante, nesta sociedade, tendo a ver com retóricas de assédios [mural, sexual, entre outros]? Atenção, ao que nos parece é que, a grande verdade constitui o facto de que, hoje os homens temem, mesmo, elogiar o sexo oposto, mesmo se conhecendo, mutuamente, há muito, pelas narrativas de assédio existentes, quanto menos se encorajar a dizer que [ela] é o seu tipo [risos]. E isso é muito mau, do ponto de vista do relacionamento, para o bem de uma sã convivência social. Mesmo não sendo assunto desta temática, isso merece reflexão! Bem. Tratou-se, tão-somente, da necessidade de abertura de um ligeiro parentese, à quando da revelação de possíveis impactos de eventuais eventos desportivos de grande valor acrescentado, em solo nacional.
Para sermos claros, falando de aventuras amorosas, numa oportunidade do desenvolvimento e proliferação de combates de artes marciais em território nacional, não estamos a pensar na possibilidade de promoção do turismo sexual. Não. Isso nunca deve constituir o nosso foco, o nosso objetivo. Até porque, isso já acontece sem a institucionalização ou reprodução de eventos desportivos que queremos para este país. Vejam que, sobretudo nos últimos tempos, deparamos com uniões [casamentos] quase que constantes entre moças [jovens] europeias e nossos conterrâneos. Isso é mais visível em Serviços de Registro e Notariado [Conservatórias] sitos no interior de Santiago, tendo surgido casos, quase que semanalmente.
É lindo vermos jovens oriundos de famílias humildes a casarem-se com damas vindas, muitas vezes, da Europa do Norte [as mulheres jovens cabo-verdianas parecem estarem a fugir de compromissos em matéria de constituição, proteção e/ou segurança familiar. Sendo assim, deixemos que as europeias/estrangeiras aproveitem de valores masculinos nacionais [risos]]. Isto para verem que não estamos perante a tentativa de promoção, com esse nosso gesto, de turismo sexual, muito menos de assédios, sendo nefastos e impeditivos, na nossa visão e perspetiva de desenvolvimento. O nosso compromisso, irmãos, é, verdadeiramente, com o desenvolvimento! E, falando de impactos adicionais associados à exibição de lutas profissionais de Boxe, nestas ilhas, é importante pensarmos no estabelecimento de parcerias, a nível de empresas do setor turístico e não só, no sentido de podermos garantir, a cada ou certos eventos, a presença, igualmente, de combates profissionais de entre estrelas [ou seja, pugilistas] estrangeiros.
O Dr. Flávio Furtado entende muito bem do que estamos a falar. Essa ideia de parcerias especiais do género, costuma estar na mente dele. Deste modo, poderemos, um dia, mesmo atrair a visita do poderoso Elon Musk [o magnata norte americano] que já chegou a ser desafiado a investir em África, a partir da entrada nessas ilhas atlânticas, como podem constatar, através da minha página de rede social “X” [ex-Twitter]. Ele que é também um simpatizante de artes marciais, tendo chegado a ser desafiado por Mark Zuckerberg [O Patron da Meta: Facebook, WhatsApp, sendo um dos homens mais rico do mundo], para um duelo no Boxe que ainda não chegou a acontecer [risos]. Hoje é comum vermos os super-ricos a desafiarem uns aos outros para a exibição em combates de artes marciais, mais concretamente do Boxe, mormente pelo entusiamo que esse desporto de combate se nos oferecem, no contexto cultural e emocional das coisas. São artistas e empresários ligados ao Show Business.
No Brasil, por exemplo, a luta entre MC Gui e Nego do Borel atraiu uma grande enchente e atenção, junto das indústrias criativas e culturais, espalhadas pelo mundo todo. Estamos a falar, irmãos, de dois Multimilionários. Nós defendemos, durante esses eventos desportivos, o consumo não só de pop music, mas também de músicas tradicionais [nacionais], bem como a exibição de artistas brasileiras, afetas ao mundo do romantismo, durante intervalos de exposição [organização] de lutas. Parece uma loucura, mas é esse estilo de criatividade que queremos trazer para os nossos shows/eventos. Afinal, a criatividade constitui a condição sine qua non de desenvolvimento. Se realmente queremos desenvolver, devemos ser mais criativos [risos].
Com a promoção de eventos desportivos em questão, teremos condições em termos de atração da nossa diáspora radicada em todo mundo, com o possível registo de visitas mais frequentes ao território nacional e com impactos a nível da realização de possíveis investimentos. Será, igualmente, uma oportunidade de podermos aumentar chances do regresso dos homens e das mulheres que se aventura[ra]m no mundo da emigração, nesses últimos tempos, à procura de melhores condições de vida. Poderemos, até, conseguir um impacto demográfico, a médio prazo, com repercussão a nível do crescimento da natalidade, como algures referido.
Caro David, caros pugilistas e simpatizantes de artes marciais, desculpem por esses detalhes, mas é esse tipo de homenagem que merecem! Uma homenagem com rosto de desenvolvimento! [risos]. Votos de muita saúde, sucesso e felicidades a todos vós! Estamos juntos!
Praia, Setembro 2024.
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