Amílcar Cabral liderou um movimento que levou Cabo Verde e a Guiné à independência. Durante a luta colonial foi sempre respeitado pela diplomacia internacional, pela sua visão humanista e patriótica. O legado de Amílcar Cabral é enormíssimo, principalmente como pedagogo e defensor dos direitos das Mulheres e crianças.
“O pior tipo de pessoa, é a dissimulada, ela mente bem, e pior, mente olhando no fundo dos seus olhos.”
O MpD CHUMBOU ontem no Parlamento, a proposta de resolução para as comemorações do Centenário do nascimento de Amílcar Cabral.
Em todo o mundo haverá vários eventos para celebrar o nascimento de um dos grandes líderes africanos de toda a história. Cabo Verde não honrará a sua história.
O MpD continua a usar nos seus argumentos, os 15 anos de governação do partido Único, o PAIGC (que foi fundado para fazer frente ao regime salazarista), como ataque ao PAICV e para, dissimuladamente, justificar os seus erros de governação destes últimos 7 anos e esta decisão vergonhosa da não celebração.
É incrível a habilidade em manipular, omitir e alterar factos da história de Cabo Verde, por parte de alguns militantes e deputados da bancada parlamentar do Mpd.
Convém lembrar ao Povo caboverdiano, e é de conhecimento público, que:
1. Carlos Veiga fez parte do Partido Único e também esteve ligado à Lei da Reforma Agrária e, consequentemente, aos incidentes do 31 de Agosto em Santo Antão, que o MpD tanto gosta de referir e usar como arma de arremesso em tempos de campanha eleitoral ou, lá está, dissimuladamente atingir o PAICV.
2. Jorge Carlos Fonseca, militou pela independência de Cabo Verde, desde os 17 anos, nas estruturas clandestinas do PAIGC.
Lamentavelmente continuamos a partidarizar a figura de Amílcar Cabral. Como disse Daniel Lobo na sua página: “Amílcar Cabral criou o partido que lutou pela independência: o PAIGC. O PAICV nada tem a ver com a independência. E de resto, a luta pela independência tem muitos protagonistas, muitos nomes anónimos importantes, que ultrapassam a existência de um partido. As resistências culturais feitas em Cabo Verde durante séculos nada têm a ver com um partido. Os movimentos literários, a permanência das nossas músicas na cultura caboverdiana, a sobrevivência do crioulo, como língua nacional, são expressões que contribuíram de forma firme e expressiva para a nossa independência. As revoltas populares foram importantes. Vários outros aspectos marcaram a resistência contra a presença das autoridades coloniais no nosso país. Seria um disparate confundir Amílcar Cabral com um partido que ele próprio desconhece.”
Amílcar Cabral liderou um movimento que levou Cabo Verde e a Guiné à independência. Durante a luta colonial foi sempre respeitado pela diplomacia internacional, pela sua visão humanista e patriótica. O legado de Amílcar Cabral é enormíssimo, principalmente como pedagogo e defensor dos direitos das Mulheres e crianças.
Se hoje existem 34 fanfarrões no parlamento a negarem-lhe a devida homenagem, foi porque existiu um Grande Homem como Amílcar Cabral, que lutou pela dignidade do Povo de Cabo Verde e da Guiné.
CABRAL KA MORRI E KA TA MORRI
#pensarcomapropriacabeça
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