Durante dois dias, o secretário-geral do PAICV, Vladmir Silves Ferreira, visitou Santo Antão reunindo-se com estruturas locais do partido e auscultando preocupações da população em várias deslocações ao terreno. Este domingo, 24, o dirigente do PAICV defendeu que Santo Antão precisa de políticas públicas eficazes que acompanhem o dinamismo da juventude.
Vladmir Ferreira falava à imprensa no final da sua visita de dois dias afirmando, ainda, que Santo Antão é, neste momento, a ilha que “mais tem perdido população" no país, um sinal de que “os investimentos feitos em setores chave não têm surtido o efeito desejado”.
Pese embora este cenário negativo, o secretário-geral do PAICV deixou uma nota positiva ao sustentar o dinamismo da juventude santantonense em áreas como a agricultura, o turismo e o desporto.
“Encontrámos muitos jovens na agricultura, com ambição, vontade de crescer e um ‘saber fazer’ bastante elevado, mas que carecem de assistência técnica e de estruturas logísticas que lhes permitam chegar a novos mercados, nomeadamente o turístico”, afirmou.
Referindo-se ao setor do turismo, Vladmir Ferreira salientou que Santo Antão é a ilha com maior número de pequenos alojamentos locais, num processo que tem sido fruto da aposta de emigrantes e jovens empresários, embora “ainda não se reflita devidamente nos números nacionais”.
No que respeita ao desporto, o dirigente do PAICV salientou que, pese o bom desempenho a nível nacional, “as condições das infraestruturas continuam aquém das necessidades”.
Já no que respeita ao ensino superior, o secretário geral do PAICV (que é um académico), reiterou a importância da sua gratuitidade, em linha do que vem defendendo o líder do partido, Francisco Carvalho. Nesse sentido, Vladmir Ferreira lembrou que muitos jovens da ilha concluem o 12.º ano, mas não têm meios para prosseguir os seus estudos noutras ilhas.
“A gratuitidade permitirá reduzir essa barreira e dar mais oportunidades aos santantonenses”, enfatizou o secretário-geral do PAICV.
Por último, Vladmir Silves Ferreira defendeu que Santo Antão tem “muito mais para oferecer” e só depende, agora, de “um esforço acrescido do governo e do poder local”, criando condições para fixar a população, atrair investimentos e transformar o dinamismo da juventude em desenvolvimento efetivo.
C/Inforpress
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