O presidente da Câmara Municipal do Maio defendeu neste sábado, 06, a “discriminação positiva” da ilha, bem como mais atenção e “recursos adequados” por parte do Governo. Valdino Rely Brito, que falava durante a sessão solene do Dia do Município, considera que os atuais apoios do Estado estão “muito aquém” das necessidades da ilha.
Segundo o presidente da Câmara Municipal do Maio, “os recursos actualmente alocados, a partir da arrecadação das receitas directas fiscais, continuam muito aquém das responsabilidades que decorrem das atribuições e competências municipais”. Valdino Rely Brito considera que, enquanto o poder local tem registado “progressos sem precedentes”, a disponibilização de recursos em proporções equivalentes “continua a ser adiada”.
Neste contexto, o autarca defende ser necessário “repensar a discriminação positiva” para corrigir assimetrias no desenvolvimento, e sustenta, ainda, a criação de um plano de desenvolvimento regional para a ilha, que valorize as potencialidades nos setores do turismo, agricultura e pesca. Um plano que deve servir como um guia para políticas públicas e investimentos privados”, visando o desenvolvimento económico.
“Temos oportunidades de investimento muito importantes na ilha, capazes de atrair capital privado e impulsionar o desenvolvimento almejado. Mas, para isso, é fundamental uma maior integração do Maio nas estratégias nacionais de infraestrutura”, sublinha Rely Brito.
Em funções desde há oito meses, o presidente da Câmara do Maio lembra que a sua equipa já aprovou o Orçamento Municipal e o Plano de Actividades para dar início ao Programa de Desenvolvimento da ilha, tendo retomado negociações com parceiros e promovido o diálogo com o setor privado e a sociedade.
Rely Brito lamenta, ainda, a ausência do Governo, tanto na sessão solene como na sua tomada de posse, considerando a postura do executivo de Ulisses Correia e Silva “preocupante”, sublinhando que o “Maio também é Cabo Verde”.
C/Inforpress
Foto: CMM
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