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Presidenciais: JMN quer ser primeiro Ouvidor da República e garante do equilíbrio
Política

Presidenciais: JMN quer ser primeiro Ouvidor da República e garante do equilíbrio

O candidato às eleições presidenciais de 2021, José Maria Neves, defendeu hoje a necessidade da garantia do equilíbrio e da estabilidade politico-governativa e prometeu ser um Presidente "ouvidor da República", que une, protege e vigia a Constituição da República.

O candidato a Presidente da República começou a sua intervenção destacando os passos traçados por Cabo Verde e os ganhos que o País alcançou nos 46 anos de independência, ganhos esses que contou com o apoio e o forte engajamento de todos os governantes, chefes de Estado e da sociedade civil no processo de desenvolvimento do País.

Afirmou que a sua candidatura é um grande movimento cívico que está a mobilizar, nas ilhas e diáspora, milhares de pessoas e está a crescer todos os dias para conseguir no dia 17 de Outubro trazer novamente um novo sol no horizonte de Cabo Verde.

Destacou a importância da consolidação da democracia nas suas diferentes vertentes, tendo afirmado que as pessoas que criticam o período de ditadura durante a vigência do partido único, são as mesmas que foram colaboradores revolucionários do partido único em Cabo Verde.

Entretanto criticou a forma como o jogo político tem sido feito em Cabo Verde, constatando que “é um jogo bruto, a ideia é atingir, lesionar, excluir, afastar, discriminar e destruir o adversário, expulsando-o fora do campo de jogo”.

“Quando ouvimos discursos revanchistas e de ódio com relação ao passado, quando observamos as pessoas a falarem de filhos de fora e de dentro, que pedra não joga com garrafa, que eu apito e jogo, que existem muitos lobos vestidos com pele de cordeiro, aí, começamos a preocupar porque é um discurso de ódio, revanchismo e exclusão”, declarou, ressalvando que quer ser o primeiro embaixador da república.

É neste sentido que, reiterou, decidiu apresentar a sua candidatura a Presidente da República porque a sua forma de fazer politica é “diferente”, afirmando que a sua candidatura quer colocar sobre a mesa a política da amizade, da inclusão e que respeita as diferenças.

Para José Maria Neves é fundamental, no quadro dessa politica de amizade, garantir o equilíbrio, alertando aos cabo-verdianos a não colocarem todos os ovos no mesmo cesto por forma a garantir a defesa das liberdades fundamentais, da democracia e do estado de direito.

“Se tiver mais equilíbrio, cidadãos, empresas, sindicatos, enfim, a sociedade civil terá mais força, portanto, é fundamental garantirmos o equilíbrio nas próximas eleições e é por isso que sou candidato porque quero garantir estabilidade das instituições”, declarou, prometendo de igual modo ser um Presidente, presente, actuante e que irá fiscalizar as acções do Governo.

Ainda durante a sua intervenção, José Maria Neves destacou a importância de Cabo Verde ter, nos próximos cinco anos, um Presidente da República com energia e capacidade de tomar decisões no momento certo e que será um porta-voz dos principais anseios e aspirações dos cabo-verdianos.

Reconheceu, por outro lado, a crise que o País e o mundo enfrentam, devido a pandemia da covid-19, e considerou ser crucial Cabo Verde ter um Chefe de Estado no período pós pandemia, que irá mobilizar todos os cabo-verdianos, visando ajudar o País a vencer os desafios e a retoma do crescimento económico.

“É fundamental termos um Presidente que sugere e aconselha, e, sobretudo, irá trabalhar em cooperação com os órgãos de soberania por forma a encontrarmos soluções para resolvermos os problemas que afectam Cabo Verde neste momento”, acrescentou.

Cabo Verde realiza eleições presidenciais no dia 17 de Outubro, às quais já não concorre Jorge Carlos Fonseca, que cumpre o segundo mandato como Presidente da República.

Sete candidatos estão na corrida: José Maria Neves, Carlos Veiga, Fernando Rocha Delgado, Hélio Sanches, Gilson Alves, Joaquim Jaime Monteiro e Casimiro de Pina.

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