O MpD reconheceu hoje no parlamento que a questão da segurança merece uma “atenção especial” e apelou ao envolvimento de todos aqueles com responsabilidade social nesta matéria.
Tal reconhecimento foi feito através do deputado e vice-líder parlamentar do MpD, Celso Ribeiro, aquando da sua intervenção após uma declaração política do PAICV, feita pela deputada Carla Lima, onde realçou que as medidas adoptadas pelo Governo para o sector da segurança “não conseguiram ter a eficácia desejada”.
“A declaração política que acabamos de ouvir acho que é uma preocupação, de facto, que nos deve unir a todos. A segurança de qualquer país é um activo fundamental para o seu desenvolvimento, por isso, deve nos unir”, começou por dizer o deputado eleito pelo círculo eleitoral de Santiago Norte.
Prosseguindo, Celso Ribeiro acrescentou que a problemática da segurança merece, do ponto de vista do seu partido, uma abordagem global.
“Não é linear encontrar apenas um único factor, mas sim fazer uma análise global e, ao longo do tempo, as causas que nos levaram a chegar ao momento que nós estamos a viver”, frisou.
A bancada do MpD, conforme disse, reconhece que a situação merece uma “atenção especial”, atendendo à característica do País ser ilhas e também sendo o principal motor de desenvolvimento o Turismo e, como tal, pontuou, dever-se-á transmitir e conseguir demonstrar que Cabo Verde é um país seguro e acolhedor.
“A responsabilidade, do nosso ponto de vista, deve ser assumida e partilhada por todos. O Governo, que está a dirigir o País, eu acho que nas diferentes medidas que tem tomado nos seis anos da governação do MpD tem demonstrado essa preocupação”, afirmou.
Entretanto, entende Celso Ribeiros, que não se pode deixar de fora a responsabilidade familiar, as organizações não governamentais.
“Todos temos responsabilidades para juntos encontrarmos um caminho e tornar o nosso paraíso, Cabo Verde, o país que todos almejamos. Dizer que é uma consequência das políticas falhadas, pode até ser, mas não consideramos ser de todo a responsabilidade única e exclusiva dos seis anos de governação do MpD”, ressaltou.
Celso Ribeiro disse ainda que pode ser sim uma consequência de políticas falhadas, mas contrapôs que faz falta, neste momento, mais do que nunca, invés de estar a apontar dedos, encontrar soluções de forma conjunta entre as lideranças deste país, a sociedade civil e, particularmente, a família e as igrejas.
“Dizer que não se está a fazer nada também não podemos concordar, por exemplo, entre outras medidas, este último orçamento que foi aprovado no dia 26 de Novembro no parlamento cabo-verdiano está a prever o recrutamento de mais agentes, mais incentivos para a juventude, massificação do ensino, entre outras medidas para debelar um problema que todos já reconhecemos, agora é atacar e apresentar alternativas”, concluiu.
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