O PAICV quer conquistar 12 das 22 câmaras municipais nas próximas eleições e passar a ser o maior partido autárquico do país, traçou hoje o presidente do partido.
“A nossa meta mínima é ganhar 12 câmaras”, afirmou Rui Semedo, em conferência de imprensa, na Praia, para anunciar os candidatos autárquicos do maior partido da oposição parlamentar em Cabo Verde.
Atualmente, o PAICV dirige oito autarquias, e todos os presidentes são candidatos à sua sucessão, enquanto as restantes 14 são lideradas pelo MpD.
A maior disputa vai ser na cidade da Praia, capital do país, onde o partido mantém a confiança em Francisco Carvalho, que vai ter como principal adversário o atual ministro da Cultura e do Mar, Abraão Vicente, que quer reconquistar a maior autarquia do país para o MpD.
O PAICV vai ter duas mulheres como cabeças de lista – Elisa Pinheiro, no Porto Novo, e Maria Teresa da Cruz, na Ribeira Grande, ambas em Santo Antão.
“Gostava de ter mais mulheres candidatas”, manifestou o presidente do PAICV, que prometeu continuar a trabalhar para ter mais mulheres a dirigir câmaras municipais.
Já o MpD, deixou de fora Jassira Monteiro, única a presidir a uma câmara no arquipélago, Santa Catarina de Santiago, por substituição, numa decisão que gerou bastante debate em Cabo Verde.
No Mindelo, segunda maior cidade do país, na ilha de São Vicente e governado por Augusto Neves (MpD), o partido vai apostar no arquiteto António Duarte, antigo presidente do grupo carnavalesco Monte Sossego.
Destaque ainda para a aposta do PAICV em três deputados nacionais para conquistar municípios liderados pelo MpD, nomeadamente Hipólito Barreto (Tarrafal de São Nicolau), Edson Alves (Maio) e Armindo Freitas (Santa Catarina de Santiago).
O presidente do PAICV avançou que o candidato por Santa Catarina do Fogo será anunciado posteriormente, após acordo com o nome que já foi escolhido, enquanto para Brava o partido ainda não fechou o seu candidato.
O líder partidário considerou que as próximas eleições autárquicas são “as mais importantes” que vão acontecer no país, porque vão servir para “mudar” a nível central, num tom crítico à governação do MpD.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) propôs em março que as eleições autárquicas se realizem em novembro, cabendo ao Governo fixar a data.
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