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PAICV afirma que ensino em Cabo Verde está a “degradar-se” devido às imposições do Governo
Política

PAICV afirma que ensino em Cabo Verde está a “degradar-se” devido às imposições do Governo

O líder do grupo parlamentar do PAICV, João Baptista Pereira, afirmou hoje, na cidade da Praia, que o ensino em Cabo Verde está a “degradar-se” devido às medidas unilaterais do Governo.

“A qualidade do ensino em Cabo Verde está a degradar-se, algo que é evidente nos documentos do próprio Governo de Cabo Verde”, constatou o líder parlamentar do PAICV.

João Baptista Pereira acrescentou que também em Portugal “foi introduzido o ‘semestre zero’ para os estudantes cabo-verdianos, o que indica que também em Portugal se constata a degradação da qualidade do ensino em Cabo Verde”.

Aquele parlamentar falava aos jornalistas no final da reunião que o grupo manteve, hoje de manhã, com o presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) para discutir questões ligadas ao sector da Educação.

Entre os pontos tratados, destaca-se o Plano de Carreira, Função e Remuneração (PCFR) que, conforme o deputado, o Governo pretende aprovar hoje no Conselho de Ministros sem dialogar correctamente com os professores.

Para o líder do grupo parlamentar do PAICV fica evidente que o Governo optou por um caminho que está a trazer “grandes problemas” ao sector da Educação no País.

“Desde o início, as reformas implementadas, sejam elas a nível da reforma curricular, do novo sistema de avaliação, da reorganização das escolas e da criação de agrupamentos escolares em Cabo Verde, foram realizadas de forma unilateral, sem o diálogo necessário com a classe docente e com a sociedade do sector. Estamos vendo que essas reformas estão sendo contraproducentes”, indicou.

Para João Baptista Pereira, há um confronto entre o Governo e a classe docente, relacionado com as pendências que vêm desde 2016 e que não foram resolvidas e com o estatuto da classe que nunca foi implementado pelo actual Governo.

O executivo, completou o parlamentar, agora propõe a introdução de um novo instrumento de gestão, o PCFR, que segundo o mesmo, está a ser “imposto unilateralmente” sem que os sindicatos tenham “tempo suficiente” para estudá-lo, analisá-lo e apresentar propostas de melhoria.

Afirmou que, em 2024, está-se a assistir a um país em “convulsão laboral” devido à “incapacidade” manifesta do Governo de dialogar com as classes profissionais e de encontrar uma plataforma aceitável de entendimento para que Cabo Verde possa funcionar.

 “Este cenário mostra um Governo claramente cansado, esgotado e incapaz de dialogar com as várias classes profissionais em Cabo Verde, o que está levando a uma situação de instabilidade que afecta não apenas o sector da Educação, mas também a Saúde, os guardas prisionais, os pilotos e o pessoal do INIDA”, frisou.

João Baptista Pereira avançou que, ao longo dos próximos debates, o PAICV vai sensibilizar o Governo a ter a abertura necessária para dialogar e encontrar os entendimentos necessários, pois o país não pode parar.

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