O PAICV denunciou hoje, na cidade da Praia, que o Governo tem estado a concorrer com as câmaras municipais e, consequentemente, tem “sufocado as autarquias”.
A informação foi divulgada pela deputada Paula Moela em conferência de imprensa para balanço das principais questões abordadas na jornada preparatória para a segunda sessão plenária de Outubro da Assembleia Nacional, que vai decorre entre 29 e 31 do corrente mês.
Conforme explicou a deputada, o Governo tem estado a desempenhar as funções das câmaras municipais e deixando de lado as suas responsabilidades.
“O Governo tem estado a praticar pequenas obras para concorrer com as câmaras municipais e esquece-se das suas principais atribuições, como a infraestruturação do país, o problema dos transportes e o abastecimento da água, entre outros pontos”, reiterou a parlamentar.
Sobre a situação da Saúde e o funcionamento do Serviço Nacional de Saúde, que é o tema proposto pelo grupo parlamentar do PAICV para esta sessão, a deputada disse que tal solicitação se deve a “grave crise” em que o sistema de Saúde se encontra, principalmente a nível da Saúde Pública.
“Há uma insatisfação generalizada nos utentes e nos profissionais de saúde, esta crise tem resultado em constantes greves, manifestações dos profissionais, descontentes com as condições de trabalho”, referiu.
Sublinhou que não houve nada a apontar que o Governo tenha feito a nível de infraestruturação para a saúde, que segundo a mesma é uma área que “não se deve dar ao luxo de não fazer”.
“É uma área em que todo o cuidado é pouco, porque se trata de vidas, então é uma área em que deveríamos estar muito bem, mas estamos mal”, precisou.
A deputada criticou ainda o Governo pelo descaso em relação à dengue, sublinhando que se tivessem sido tomadas “as devidas medidas, acertadas em tempo útil”, o país não estaria hoje a “vivenciar uma epidemia de oito mil e tais casos oficiais”.
Paula Moela destacou ainda a preocupação com o sector da Justiça, em que, segundo a mesma, os problemas continuam os mesmos dos anos transactos.
“Há falta de recursos humanos, falta de oficiais de Justiça, falta de meios de trabalho, de equipamentos, morosidade processual e praticamente os problemas continuam os mesmos”, apontou.
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