O presidente da Câmara Municipal da Boa Vista afirmou, segunda-feira, que a ilha tem um “presente de trabalho e desafios sem limites, um futuro promissor, extremamente exigente”, sobretudo devido às vicissitudes do mundo globalizado.
Cláudio Mendonça fez esta afirmação em discurso do acto solene por ocasião das celebrações do Dia do Município da Boa Vista e da Sua Santa Padroeira Rainha Isabel, assinalado a 04 de Julho.
Para Cláudio Mendonça, a presença dos munícipes nas actividades e na sessão extraordinária da assembleia municipal constitui “claro sinal” da sincera amizade, carinho e interesse que nutrem pela ilha e sua população.
“Boa Vista tem uma história rica, um presente de trabalho e desafios sem limites, um futuro promissor e também extremamente exigente, sobretudo devido às vicissitudes do mundo cada vez mais globalizado, onde as ações de uns têm sempre efeitos, positivos ou negativos, sobre a vida de todos”, afirmou, observando que a ilha tem “enormes potencialidades” naturais, demográfica, e culturalmente cosmopolita fantásticas.
Conforme refletiu, Boa Vista passou nos 47 anos pós-independência por uma profunda mudança para melhor em muitos aspectos, apontando como exemplo, em infraestruturas básicas, em que relembrou, pouco ou nada havia, naquela altura, e que com decorrer do tempo, cada um fez o que pôde com meios que haviam disponíveis.
E, sobre o que já se fez na transformação da ilha, o edil indicou que estão pedras de muitos anónimos, aos quais disse ter respeito e admiração, pelo que agradeceu pela experiência e obras legadas que, ao seu ver, servem de referência e inspiração.
“Nós todos somos e devemos ser obreiros diligentes desta Boa Vista de ontem, de hoje e que queremos fazer melhor para as presentes e futuras gerações”, opinou.
O edil relembrou que a tomada de posse do seu executivo camarário aconteceu num contexto de crise pandémica, económica, financeira e social, precisando com repercussões astronómicas à escala mundial, provocando desaceleração do crescimento da economia mundial, com várias estagnações e regressões, aumento generalizado do desemprego.
“Perante esta situação, Cabo Verde com uma economia frágil e essencialmente de serviços, não fugiu à regra”, avaliou, lamentando que durante o ano e meio sobre sua gestão camarária, enfrentou-se muitas dificuldades que vão sendo superadas sob garantia de “determinação, coragem, trabalho e fé”.
Ainda falando da sua gestão camarária, apesar das dificuldades, Cláudio Mendonça diz que é com “orgulho e humildade” que faz balanço positivo das realizações levadas a cabo, pois, segundo o mesmo procurou-se responder, com rigor e ao máximo das capacidades, às necessidades e apelos coletivos de cada munícipe.
“Houve muitas realizações neste período do mandato que pela sua natureza institucional, não são directamente visíveis. A ilha teve muito dinamismo”, enalteceu, evidenciando, que datas importantes foram assinaladas e comemoradas de diversas formas, como lançamentos de projectos e obras, inaugurações, um pouco por toda a ilha.
“Estamos fortemente vinculados ao compromisso com os direitos próprios e inalienáveis dos munícipes em todos sectores económicos e sociais, ao desenvolvimento equilibrado e sustentado, entre outros valores fundamentais que propomos defender”, reiterou, demonstrando-se ciente de que a tarefa que tem entre mãos “é muito complexa e exige-se a colaboração de todos”.
O edil garantiu que a câmara pretende a curto, médio longo prazos concretizar projectos “estruturantes e imprescindíveis” para potencializar riquezas da Boa Vista, tais como praça Largo Santa Isabel, requalificação urbana de Sal-Rei e Rabil, recolha e tratamento de resíduos urbanos e planos de salvaguarda da história e cultura da Boa Vista.
Cláudio Mendonça agradeceu a todos pelo “inestimável contributo” para desenvolvimento da Ilha das Dunas, frisando o apelo ao contributo pessoal e colectivo que se tem que dar na luta contra a covid-19.
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