Amadeu Oliveira desmente notícia “falsa” de agressão contra ex-namorada, afirma que há sectores que querem impedi-lo de assumir a função de Deputado Nacional e prevê onda de protestos e convulsão social
Política

Amadeu Oliveira desmente notícia “falsa” de agressão contra ex-namorada, afirma que há sectores que querem impedi-lo de assumir a função de Deputado Nacional e prevê onda de protestos e convulsão social

Amadeu Oliveira denuncia que está sendo atacado por determinados sectores que não desejam que ele assuma as funções de deputado nacional, incluindo António Santos, ex-Delegado Marítimo no Porto Novo, ex-deputado nacional do MpD e tio do juiz de Ary Spencer Santos (com quem Oliveira tem um contencioso do conhecimento público), que num artigo publicado pelo online O País, "inventou uma falsa agressão" supostamente perpetrada pelo conhecido advogado contra uma ex-namorada. Este caso, no entender de Oliveira, é a ponta de um grande iceberg que está a ser empurrado contra si para o impedir de exercer o cargo de deputado nacional. O mediático advogado chega a prever convulsões sociais no país e já pede a substituição da ministra da Justiça, Janine Lélis.

A suposta agressão, diz o jornal, terá acontecido no último mês, ou seja, Março de 2021, quando Oliveira se encontrava em pré-campanha pela UCID e terá passado pelas ilhas de Santo Antão e do Sal. Mas Amadeu Oliveira nega categoricamente que tenha agredido seja quem for, nem ex-namorada, nem conhecida, nem amiga, nem inimiga, muito menos no último mês, altura em que me encontrava em pré-campanha eleitoral em Santo Antão e no Sal.

"Admito que estive nestas duas ilhas nesta altura, mas não encontrei, não vi e nem me aproximei da suposta vítima”, afirma Oliveira, lamentando que um Jornal que é propriedade e dirigido por altos dirigentes do MpD se tenha disponibilizado para publicar uma tramoia dessas, sem terem o cuidado de, previamente, munir das provas mais básicas, antes de manchar o nome de um cidadão desta forma. - Ver o artigo inicial publicado pelo jornal O Pais, através do seguinte link: Amadeu Oliveira acusado de agredir ex- namorada

O advogado, agora eleito deputado nacional nas listas da UCID por São Vicente, diz que tomou conhecimento de que a notícia veiculada por aquele jornal se baseou exclusivamente numa publicação feita no Facebook pelo Delegado Marítimo do Porto Novo, António Santos, tio do juiz Ary Santos com quem tem um contencioso público e notório, em virtude de Oliveira não parar de apelidar esse magistrado de ser "um juiz gatuno, fraudulento e falsificador". Entretanto, esse Post no facebook que fora publicado no passado dia Domingo, alardeando que Oliveira agredia uma suposta sua ex-namorada, já foi apagado e retirado da internet, desde segunda-feira.

Oliveira promete agir judicialmente contra mais este ataque, mesmo "de que não existe justiça em Cabo Verde". “Não é a primeira vez que denúncias falsas contra a minha pessoa estão a ser dadas à estampa em jornais, sobretudo no que se reporta à minha relação com supostas namoradas. Meus detratores tentam passar a mensagem que não respeito as mulheres, que mantenho, ao mesmo tempo, várias relações amorosas com várias mulheres, e que controlo as ditas namoradas com base em violência física, o que é redondamente falso”.

Contudo, Oliveira mostra-se aliviado em saber que "não publicaram esta mentira durante a campanha eleitoral, tendo em conta que essa suposta agressão terá acontecido, na versão dos detractotes, há cerca de um mês, ou seja, em Março, e as eleições legislativas foram em Abril.

Coação Moral e Contenção do Inimigo

Vários observadores admitem que se Oliveira assumir as funções de Deputado Nacional, "é muito provavel que determinadas questões, nomeadamente as fraudes judiciais, poderão ser colocadas ao mais alto nível político. Assim sendo, parece que determinadas entidades querem tudo fazer para obstaculizar e desencorajar, no futuro, eventuais tiradas desse novo deputado, tentando conter eventuais iniciativas indesejadas desse "representante do povo", através de uma campanha de desinformação e de actos de "assassinato de carácter" como este que, ao longo da história, se tem revelado muito eficaz na contenção dos impetos dos supostos inimigos, sobretudo se houver, do lado de Oliveira, algum telhado de vidro a ser preservado e que ele não gostaria de ver exposto publicamente.

Para confirmar essa tese de "assassinato de caracter e manobras de contenção do inimigo" , Oliveira ressalta o facto de o jornal O País "não ter reproduzido nenhuma declaração da suposta vítima e nem mesmo precisou o lugar onde a alegada agressão terá acontecido, nem a data, nem as provas, nem as razões, nem outro elemento adicional que permitiria aos leitores aquilatar da veracidade, exagero ou mentira dessa suposta agressão", pelo que, assim sendo, sequer as autoridades conseguirão instaurar um processo crime. Vendo as coisas nessas perspectiva, trata-se mais de um aviso para conter Oliveira do que propriamente uma denúncia pública fundamentada, como seria de esperar.

Refere-se que no seu Post de facebook, António Santos, mais conhecido em Santo Antão por "Tony Patrão-Mor" e que é tio do Juiz Ary Spencer Santos não apontou o nome de Amadeu Oliveira directamente, mas escreveu para todo o mundo entender: “o justiceiro, aquele que foi eleito, continua a sua saga e a vítima dessa vez, e mais uma vez, é uma mulher indefesa que foi levada na lábia do dito cujo e longe da sua pátria, veio a receber sevicias do famoso andorista. Agora é perguntar se esse louco não devia estar na prisão e a chave lançada no fundo do mar”.

Indo mais além, António Santos desafia ainda a suposta vítima a denunciar, na primeira pessoa, ou a lhe autorizar a fazer isso por ela. “Não deixa o medo tomar conta de si. Viveste maritalmente com este homem e eras espancada em público e nas festas privadas de uma cidade de Santo Antão. As pessoas te apelam e querem manifestar para colocar este homem atrás das grades. Sabemos o que passaste e sabes de mote próprio que este animal não vai parar, e outras vítimas vão aparecer. Te peço, por favor, nos ajude a te ajudar e fazer com que este homem não entre no Parlamento. A palavra é tua, mas também é nossa, pois de um crime público se trata.”

No domingo, o jornal online O Pais fez manchete com a notícia da suposta agressão. No texto, esse jornal refere que o jurista e recém-eleito Deputado da Nação pela UCID, Amadeu Oliveira, está a ser indiciado da “prática reiterada” de crimes de VBG, contra a sua namorada, ilustrada com fotos ilustrando a suposta violência. Diz ainda O País que a vítima, de nacionalidade brasileira, manteve uma relação amorosa com o acusado, entre Santo Antão e Sal. “São várias as agressões. Ela foi várias vezes espancada pelo Amadeu”, escreve o diário digital próximo do MpD, que cita uma fonte, porém, sem a identificar, observando se estar perante um crime público.


Para Amadeu Oliveira, ao não identificar a sua fonte e ao não identificar a suposta ofendida, o referido jornal deu início a um verdadeiro acto de "assassinato de caracter", contra si, e que o próprio avalia como escusado já que "há muito não se via num Estado de Direito Democrático", impelindo sobre o refrido periódico o dever de apresentar as supostas provas que a suposta fonte terá facultado, para além de fotografias de olhos de alguém com ematonas e inflamações.

Instado a responder algo de mais concreto sobre o caso, Oliveira acrescentou que não sabe como se defender de uma mentira desse calibre, para além de dizer que tudo não passa de falsidade, já que nem o "Tony Patrão-mor", nem o jornal O Pais conseguiram apontar o local das supostas agressões, nem a data, nem as testemunhas que eventualmente terão assistido, e sequer o nome da suposta ofendida é referida. "Provavelmente, a essa altura, já devem estar a oferecer dinheiro ou cargos públicos para encorajar alguma voluntária a fazer alguma denuncia falsa" - Mais do que isso, já não saberei dizer," - concluiu Oliveira.

Retaliação e Pressão Política

Questionado, Oliveira apresentou factos concretos a demonstrar que, desde que foi anunciada a sua candidatura a deputado nacional pela lista da UCID, em São Vicente, sentiu um crescer de animosidade e agressões contra a sua pessoa, vinda por parte de determinados sectores judiciais e de determinados círculos próximos do MpD, onde se inclui António Santos, que foi ex-deputado nacional do partido ventoinha, e ainda exerce funções de autoridade na administração dos portos em Santo Antão, sendo também tio do Juiz Ary Santos, assim como do Presidente de Câmara de São Vicente.

Segundo Amadeu Oliveira, o próprio ex-deputado e dirigente do MpD, António Santos, no seu post publicado no facebook, não escondeu que a sua intenção é de tudo fazer para tentar impedir a tomada de posse como deputado nacional, quando, dirigindo-se à suposta ofendida, fez constar a seguinte frase na sua publicação: "Te peço, por favor, nos ajude a te ajudar e fazer com que este homem não entre no Parlamento. A palavra é tua, mas também é nossa, pois de um crime público se trata”. Ou seja, parece haver uma aliança entre determinados sectores do MpD e certos círculos judiciais para tudo fazer no sentido de impedir que Oliveira venha a assumir as funções de Deputado Nacional para as quais foi eleito.

Oliveira vai dizendo que, independentemente de tomar posse ou não como Deputado Nacional, continuará o mesmo cidadão que vem afirmando existir fraudes processuais e gatunagem dentro do sistema judicial em Cabo Verde, que "a Ministra da Justiça, Janine Lélis é uma enorme perda de tempo, sendo urgente a necessidade de se realizar a sua substituição por outro 'Rabentola' qualquer" e que continuará a dizer que o Presidente de Câmara de São Vicente, Augusto Neves, "é um obstáculo ao desenvolvimento político e social da ilha do Monte-Cara". Mais: Oliveira garante que continuará a acusar o Juiz Ary Spencer Santos de ser "um juiz gatuno, fraudulento e manhoso", ainda que isso "não agrade ao MpD e ao Tio desse Juiz".

Em jeito de desafio, Oliveira acrescenta que, como eles não conseguem responder de forma mais convincente, desatam a forjar brigas de namoradas e supostas agressões que nunca existiram, para tentarem retaliar e desviar as atenções, com recurso à mentiras, face a triste realidade que lhes é colocado por debaixo das suas nobres e altivas narinas.

Reformas a Bem, ou Por Força de Convulsões Sociais

Para terminar, advogado, ora convertido em político, deixa uma mensagem de tranquilidade tanto às hostes do MpD como do PAICV, dizendo que as causas pelas quais luta é de conhecimento público geral, mantêm-se inalteradas porque são necessidades evidentes para o aprofundamento da democracia, sendo a maior e a mais urgente a reforma do Estado, em particular, o Sector da Justiça que já não serve nem ao País, nem às famílias, nem ao cidadão, nem aos empresários, nem aos emigrantes, nem aos residentes, nem aos nacionais, nem aos estrangeiros, e nem serve aos próprios magistrados, aqueles que são íntegros e honestos. Daí que, não vale a pena continuar essa campanha de desviar as atenções do essencial, como base em falsas brigas e falaciosas agressões de supostos namorados, posto que, as reformas necessárias à Cabo Verde terão de ser realizadas a bem, ou à força, como o Povo nas ruas, em protestos e convulsões sociais, já nos próximos tempos que aí vêm, caso os Partidos Políticos (PAICV e MPD), os Agentes da Administração Pública (Central e Municipal) e os Titulares de Órgãos de Soberania (Magistrados Judiciais, Governantes, Deputados e Presidente da República) não mudarem de comportamento, interiorizando e assumindo um outro nível de moralidade e de decência.

Sem meias palavras, Oliveira aconselha o MpD a preparar a substituição, urgente, da actual Ministra da Justiça, Janine Lélis, a fazer uma avaliação do desempenho do actual Presidente do Conselho Superior da Magistratura Judicial, Bernardino Delgado, e do seu adjunto, Ary Spencer Santos, bem como recomenda "muito juizinho" ao Presidente da Câmara Municipal de São Vicente, para não se meter em atalhos desagradáveis.

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