Donald Trump pretende rever o acordo de reaproximação estabelecido com Cuba durante a administração Obama. O reforço do embargo e novas restrições nas deslocações de cidadãos americanos serão as principais medidas a serem adoptadas.
O anúncio foi feito esta sexta-feira, 16, em Miami.
Esta revisão proibirá também as empresas americanas de negociarem com companhias cubanas controladas pelas forças armadas locais. Neste ponto, Trump refere-se às empresas cubanas que tem participação da GAESA (Grupo de Administração Empresarial), que se estima controlar mais de 60% das empresas cubanas.
Apesar da anunciada revisão, algumas das medidas implementadas por Barack Obama, no acordo que pôs fim a mais de meio século de ruptura, devem no entanto prevalecer. A manutenção da embaixada norte-americana em Havana, bem como das ligações aéreas e marítimas entre o arquipélago e os Estados Unidos continuam garantidas.
Outra medida de Obama que terá continuidade é a protecção aos chamados sonhadores, emigrantes ilegais cubanos que chegaram aos EUA ainda criança. Contrariamente ao que tinha anunciado durante a sua campanha presidencial, Trump garantiu hoje que esses continuarão a ter o suporte do governo norte-americano.
Trump exige “medidas concretas” da parte de Havana antes de regressar a mesa de negociações, dizendo-se disponível para pôr em marcha um acordo ainda melhor.
Durante o discurso em que anunciou a revisão do acordo, Trump referiu-se também à Venezuela, afirmando ser necessário mais liberdade nestes dois países latinos.
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