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A decisão surge depois da descontinuação do regime de Minimis (isenção de taxas alfandegárias para mercadorias importadas) nos Estados Unidos, que até agora permitia que encomendas com valor inferior a 800 dólares (690,66 euros) entrassem no país sem pagar.

A empresa explica no comunicado que, com a mudança, todos os produtos importados para os Estados Unidos vão passar a ter impostos aplicáveis, mas ainda não está claro quem terá de pagar as taxas nem como.

Também não há soluções informáticas prontas para os correios tratarem deste processo.

"Os detalhes técnicos só foram divulgados a 15 de agosto, deixando pouco tempo para preparação", acrescenta o comunicado.

Por isso, os Correios de Cabo Verde vão suspender temporariamente o envio de mercadorias e amostras com valor comercial superior a 100 dólares, aguardando orientações da União Postal Universal e da Customs and Border Protection (CBP) - Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos.

O comunicado lembra que continuam isentas de taxas as remessas não comerciais, como presentes até 100 dólares, desde que cumpram as regras da CBP e sejam de origem cabo-verdiana.

Documentos, cartas e bens sem valor podem ser enviados normalmente.

Cabo Verde junta-se assim a mais de uma dezena de países, do Japão à Austrália e muitos europeus, incluindo Portugal, cujas principais empresas postais suspenderam temporariamente os envios de mercadorias para os Estados Unidos (EUA) devido à decisão da administração do Presidente Donald Trump de pôr fim ao regime de Minimis.

Foto: CCV