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Poupanças dos cabo-verdianos atingem recorde com crescimento de 10% em 2022, atingindo 832 milhões de escudos
Economia

Poupanças dos cabo-verdianos atingem recorde com crescimento de 10% em 2022, atingindo 832 milhões de escudos

Os depósitos de poupança dos cabo-verdianos nos bancos atingiram em 2022 o recorde de 82 milhões de euros, um crescimento de 10% num ano, segundo dados estatísticos do Banco de Cabo Verde (BCV) compilados hoje pela Lusa.

De acordo com o histórico do BCV, os depósitos de poupança nos bancos cabo-verdianos estavam avaliados no final de 2019 em 6.675 milhões de escudos (60,6 milhões de euros), antes dos efeitos económicos da pandemia de covid-19, valor que subiu para mais de 7.435 milhões escudos (67,5 milhões de euros) no final de 2020 e para 8.279 milhões de escudos (75,2 milhões de euros) no final de 2021, renovando consecutivamente máximos.

Entretanto, segundo o BCV, esses depósitos de poupança atingiram em agosto último um novo recorde, de mais de 8.933 milhões de escudos (81,1 milhões de euros), renovado em novembro, ao passar pela primeira vez a barreira dos nove mil milhões de escudos (9.005 milhões de escudos, 81,2 milhões de euros), crescendo no mês seguinte para mais de 9.111 milhões de escudos (82 milhões de euros).

Só em 2022, o crescimento de 10% face a dezembro de 2021 correspondeu a mais 832 milhões de escudos (7,5 milhões de euros) em depósitos de poupança nos bancos cabo-verdianos.

Em Cabo Verde operam oito bancos comerciais com licença para trabalhar com clientes residentes.

Já os depósitos a prazo nos bancos seguem em queda, tendo recuado mais de 4,5% entre desde dezembro de 2021, para 43.076 milhões de escudos (387 milhões de euros) no final do ano passado.

Cabo Verde recupera de uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística - setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago - desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19. Em 2020, registou uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento de 7% em 2021 impulsionado pela retoma da procura turística.

Para 2022, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, nomeadamente a escalada de preços, o Governo baixou em junho a previsão de crescimento de 6% para 4%, que, entretanto, voltou a rever, para mais de 8% e já no final do ano para 10 a 15%.

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