Ligações marítimas inter-ilhas. Afinal, a CVFF vai ser encerrada ou não?
Economia

Ligações marítimas inter-ilhas. Afinal, a CVFF vai ser encerrada ou não?

Governo, pela boca do ministro da Economia Marítima, anuncia o encerramento da Cabo Verde Fast Ferry (CVFF), onde o Estado tem 53% das acções. Accionistas privados dizem-se surpreendidos com a medida, e o Governo, em nota de imprensa, reage defendendo que as palavras de José Gonçalves “foram tiradas do contexto e que o mercado continuará aberto”. Mas não diz se a CVFF vai ser encerrada ou não.

A nota de imprensa chegada à redacção de Santiago Magazine, não diz se o anúncio feito pelo ministro da Economia Marítima, José Gonçalves, é verdade ou mentira. Ou seja, não diz se a CVFF vai fechar as portas ou não.

Diz, sim, no ponto do 1 que o Governo reforça as “informações anteriormente avançadas, relativamente á procura de uma solução segura, de qualidade e com menos custos para o Estado, para os transportes inter-ilhas”.

No ponto 3, afirma que o “Governo tem disponibilizado sempre todo o apoio referente às orientações e atribuições de somas avultadas para a reparação dos navios Praia d Aguada, Kriola e agora Liberdade, a fim de assegurar que a companhia continue a prestar um serviço operacional de transportes marítimos inter-ilhas, nas rotas servidas”.

E reafirma, no ponto 5, que o Governo “compromete-se em dar todo o apoio necessário à CVFF para continuar a prestar o serviço de transportes marítimos inter-ilhas nas rotas servidas com segurança, regularidade e comodidade, até que sejam encontradas soluções iguais ou melhores e com condições de maior sustentabilidade económica e financeira.”

Quanto à participação da CVFF no concurso internacional, cujo resultado será conhecido em Maio, a referida nota de imprensa, no seu ponto 2, diz que “o mercado continuará aberto para os actuais armadores, os quais terão um prazo razoável na lei para reunir as condições técnicas e de segurança marítima conforme exigidas pela regulação do sector, caso optem por não fazer parte dos 25% reservados na concessão única".

Não sendo este comunicado oficial conclusivo se a empresa vai ou não ser encerrada, Santiago Magazine regista, entretanto, que a CVFF tem vindo a passar por uma situação financeira complicada. Em 2013, a transportadora tinha apresentado um prejuízo de 127 mil contos, segundo contas publicadas pela Bolsa de Valores. Somando os resultados negativos de anos anteriores, ao fim de três anos completos de actividade, a CVFF tinha prejuízo acumulado de 425 mil contos.

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