Fogo: Vinhos da adega Chã conquistam três medalhas de ouro na 32.ª edição mundial de vinhos extremos
Economia

Fogo: Vinhos da adega Chã conquistam três medalhas de ouro na 32.ª edição mundial de vinhos extremos

Os vinhos produzidos pela adega Chã, situada em Chã das Caldeiras, foram destaques na 32.ª edição Mundial de Vinhos Extremos realizada nos dias 29 e 30 de Setembro em Sarre, Itália, com três medalhas de ouro.

Na prestigiada edição Mundial de Vinhos Extremos três vinhos cabo-verdianos da marca Chã foram distinguidos com medalhas de ouro o que reafirma a sua qualidade e o seu reconhecimento internacional.

A informação foi avançada hoje à Inforpress por Rosando Monteiro, um dos responsáveis da adega/cooperativa de Chã das Caldeiras.

Os vinhos “Chã Branco” colheita 2023, “Chã Tinto” colheita 2022 e “Chã Passito” colheita 2023 receberam a medalha de ouro e posicionaram-se entre os melhores vinhos de viticultura heroica no mundo.

Os vinhos extremos também chamados de “Vinhos Heroicos” são vinhos que são e serão para sempre produzidos com muita exaustão e com muito suor e são muitas vezes produzidos em localidades tão escondidas que são praticamente desconhecidas.

A 32.ª edição mundial de vinhos extremos contou com a participação de 1.015 vinhos provenientes de 356 vinícolas de 25 países, o que torna as conquistas da marca Chã ainda mais notáveis.

A competição, que ocorreu nos dias 29 e 30 de Setembro em Sarre, Região Autónoma do Vale de Aosta (Itália), é o único concurso internacional dedicado exclusivamente aos vinhos produzidos em condições extremas, como terrenos montanhosos ou de difícil acesso, onde a viticultura exige esforços extraordinários.

Ao todo, foram atribuídas 64 Grandes Medalhas de Ouro e 241 Medalhas de Ouro, além de 19 Prémios Especiais. O Prémio Vinofed, estabelecido pela Federação dos Grandes Concursos Internacionais de Vinhos, foi também uma das principais distinções do evento.

Esta é a segunda vez que o vinho da adega Chã é distinguido com medalha de ouro. O vinho “Chã Branco” colheita de 2021 tinha sido distinguido com medalha de ouro no concurso internacional de vinhos dedicado aos vinhos “heroicos” que também foi realizado em Itália.

A distinção dos vinhos Chã reflecte não apenas a excelência na produção vinícola em condições desafiadoras, mas também o reconhecimento de Cabo Verde como um importante produtor de vinhos de alta qualidade no cenário mundial.

O concurso mundial de vinhos extremos é organizado pelo Centro de Investigação e Valorização da Viticultura da Montanha (CERVIM).

Os vinhos da adega Maria Chaves, nomeadamente Santa Luzia (branco) e Pico do Fogo (reserva) conquistaram medalhas de ouro.

Numa primeira reacção e via telefone, o responsável da adega/cooperativa de Chã das Caldeiras, David Gomes Monteiro “Neves” disse que se trata de um bom sinal para a sua adega.

“É um reconhecimento de que estamos a fazer um excelente trabalho. Estamos orgulhosos e representa um incentivo para continuar a trabalhar cada vez mais e melhor”, afirmou.

Este ano a adega participou no concurso com três produtos e todos foram medalhas de ouro, referiu Neves, que sublinhou que também foram enviadas garrafas de bagaceiras que extraviaram no percurso e não chegaram ao destino.

“Agora estamos a preparar para ir receber o prémio em Dezembro em Itália”, referiu o responsável da adega.

Enquanto isso, Neves avançou que a adega, depois das vindimas já começou o processo de engarrafamento e a preparar para colocar os vinhos no mercado antes da época festiva, incluindo o vinho espumante que vai ser uma das novidades.

“Temos todo o equipamento para engarrafamento de vinho espumante na adega e falta apenas a vinda de um técnico para ministrar formação do pessoal na utilização dos equipamentos para poder preparar e ter o vinho espumante pronto para ser colocado no mercado na época festiva de natal e fim do ano”, informou.

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